Acusados de golpismo, extremistas começam a ser julgados na Alemanha

Nove réus, incluindo ex-militares, enfrentam acusações de pertencer à “ala militar” da rede, planejando atos violentos, incluindo uma invasão armada do Parlamento alemão.

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Heinrich 13º, "príncipe" de Reuss. após ser preso em dezembro de 2022. Ele foi apontado como o principal líder da rede | Boris Roessler/dpa/picture alliance
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O julgamento dos primeiros réus acusados de pertencer a uma rede de extrema direita que planejava derrubar as instituições democráticas alemãs começou em Stuttgart. O grupo, desbaratado pela polícia em dezembro de 2022, incluía figuras proeminentes como aristocratas, ex-militares e uma juíza. Nove réus, incluindo ex-militares, enfrentam acusações de pertencer à "ala militar" da rede, planejando atos violentos, incluindo uma invasão armada do Parlamento alemão.

MAIS JULGAMENTOS - Outros dois julgamentos estão programados, envolvendo 17 réus, com um previsto para maio em Frankfurt, concentrando-se na liderança da rede. Os presos foram acusados de fazer parte de uma célula de extrema direita chamada "União Patriótica", com ligações estreitas com o movimento Reichsbürger, que rejeita a democracia alemã moderna. O grupo, segundo as autoridades, planejava um ataque ao Bundestag em Berlim para criar caos e tomar o poder violentamente.

COMO SE DEU A INVESTIGAÇÃO? A investigação revelou que o grupo também tentou recrutar soldados e policiais, elaborou listas de inimigos e tentou formar células armadas em todo o país. Sob a liderança de Heinrich 13º Reuss, o grupo pretendia, em caso de sucesso, negociar um "novo tratado de paz" com potências aliadas da Segunda Guerra Mundial. Vários membros da liderança do grupo eram adeptos de teorias conspiratórias, incluindo o movimento QAnon.

NATUREZA DELIRANTE - As autoridades destacaram a natureza delirante das crenças do grupo, incluindo a ideia de que uma enchente em 2021 foi uma tentativa do governo de encobrir assassinatos de crianças. Essas revelações lançaram luz sobre a interseção perigosa entre extremismos políticos, teorias conspiratórias e movimentos antivacinas, que têm sido parte do cenário social e político recente.



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