Comissão quer punição para padres envolvidos em crimes sexuais

Grupo que aconselha o Papa Francisco aponta danos devastadores em crianças vítimas de abuso Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo

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Uma comissão que aconselha o papa Francisco sobre a crise de abuso sexual na Igreja Católica vai fazer recomendações duras para fechar o cerco aos padres envolvidos nestes casos. A intenção é que os religiosos sejam responsabilizados pelos seus atos independentemente da hierarquia na igreja. A informação foi dada neste sábado pelo cardeal de Boston, Sean O"Malley.

Em muitos casos de abuso, a maior parte tendo acontecido há décadas mas vindo à tona somente nos últimos 15 anos, os bispos, a fim de proteger a reputação da Igreja, deslocaram os padres acusados de uma paróquia para outra ao invés de os expulsarem ou entregarem à polícia. A comissão, composta por quatro homens e quatro mulheres de oito diferentes países -- incluindo uma irlandesa de 66 anos vítima de abuso sexual aos 13 --, se reuniu pela primeira vez desde sua formação em março, tendo conversas com o papa e autoridades do Vaticano.

- Nós queremos assegurar a responsabilização na Igreja como especialmente importante - diz um comunicado da comissão.

O"Malley, conhecido por ser o primeiro a defender métodos mais claros e enérgicos no combate aos escândalos desde que publicou em 2011 um banco de dados de padres de Boston acusados de abuso sexual de menores, disse que a posição hierárquica na Igreja não deve justificar tratamento especial ou proteção.

- Nossa preocupação é assegurar que existam protocolos claros e efetivos para lidar com superiores na Igreja que não cumpriram suas obrigações de proteger as crianças - disse.

A investida do grupo tenta reverter um problema histórico da Igreja Católica. Durante décadas, a instituição se negou a reconhecer os crimes cometidos por padres pedófilos. Essa atitude, segundo os membros da comissão, provoca repercussões devastadoras nas vidas das crianças e nos futuros adultos. De tal forma que, a partir de agora a cobrança será para que a atuação do Vaticano deverá ser regida por um princípio: ?o bem de uma criança ou de um adulto vulnerável é prioritário na hora de se tomar uma decisão?.

O grupo também defende que os católicos têm que se comprometer para que ?as paróquias, as escolas e as instituições sejam lugares seguros para todas as crianças e adolescentes e garantir que eles e os adultos vulneráveis sejam protegidos dos abusos?.



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