Crianças voltam às aulas na cidade do massacre escolar

Mas a escola Sandy Hook, palco da morte de 27 pessoas, segue fechada.

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Estudantes de Newtown voltam às aulas após massacre em escola. | AFP
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A maioria das crianças em Newtown voltou às aulas nesta terça-feira (18) após o massacre da sexta-feira passada, mas os sobreviventes do tiroteio permaneceram em casa e sua escola continua fechada, ainda na qualidade de "cena do crime".

Em meio a uma chuva fina, os tradicionais ônibus escolares amarelos voltaram a rodar pela cidade de Connecticut, onde cerca de 5.400 crianças estão matriculadas.

Mas este foi apenas um pequeno passo em direção à normalidade em uma cidade que era conhecida pela baixa taxa de criminalidade e por um forte senso de comunidade até sexta-feira, quando um jovem de 20 anos matou sua mãe e depois tirou a vida de 20 crianças e de seis funcionários da escola elementar Sandy Hook.

As aulas começaram com até duas horas de atraso e medidas extras de segurança foram implementadas no exterior dos edifícios, com uma viatura na Newtown Middle School e fitas de isolamento da polícia mantendo jornalistas afastados da Saint Rose Elementary.

Na escola Hawley, um casal que acompanhava seu filho apertou as mãos e abraçou o policial ao entrar no local.

Já os sobreviventes do massacre de Sandy Hook permaneceram em casa, e devem retornar às aulas no fim desta semana em uma escola perto de Newtown. Detetives e especialistas forenses continuaram a trabalhar na escola em uma tentativa de juntar as peças e entender o que aconteceu quando Adam Lanza abriu fogo no local, matando 26 pessoas e depois se matando.

Em um sinal da tristeza espalhada por esta pitoresca cidade da Nova Inglaterra, a parte da frente de todos os ônibus escolares foi decorada com arcos verde e branco, as cores da escola Sandy Hook. "Os arcos foram feitos à mão durante a noite pelos proprietários e funcionários da empresa", afirmou Joan Baumgart, da All-Star Transportation, que controla 50 ônibus escolares em Newtown.

Duas meninas e um menino de seis anos de idade mortos na escola foram enterrados nesta terça-feira.

Enquanto isso, a polícia permanece calada sobre o que descobriu que poderia explicar por que Lanz, que não tinha nenhum histórico de violência, realizou o massacre.

As investigações têm se concentrado na escola, mas também na casa onde Adam e sua mãe Nancy viviam - e onde ele atirou contra ela no início de sua ação.

Entre os itens que são examinados estão o rifle e as pistolas que Lanza carregava e que pertenciam a sua mãe. Também há informações de que o disco rígido de seu computador estaria recebendo muita atenção.

Pouco a pouco, surge a imagem de um menino que ninguém conhecia bem e de uma mãe que fez de tudo para cuidar dele, mas que, fatalmente, o apresentou a sua paixão pelo tiro.

Seu ex-colega de classe Alan Diaz disse à CNN que Lanza era "uma pessoa muito inteligente", que tinha o "típico olhar nerd" e que, ao contrário de seus colegas que levavam mochilas, sempre carregava uma bolsa de computador.

"Nós todos meio que sabíamos que ele tinha problemas socialmente e tínhamos a sensação de que poderia ter algo errado com ele", disse Diaz.

Ele lembrou de disputar violentos jogos de computador com Lanza, mas disse que ficou surpreso ao saber que seu amigo atirou contra a mãe.

"Eu nunca realmente imaginei que Adam quisesse segurar uma arma", disse. "Eu não imagino pessoas tímidas e quietas indo para um campo de tiro".

Ao refletir sobre a mistificação geral em relação às ações de Lanza, Diaz afirmou: "Em um ponto ele era um bom garoto. O que ele fez naquele dia pode ter sido algo mau, mas antes disso ele era apenas mais um garoto".



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