Donald Trump se torna 45º presidente dos EUA nesta sexta (20)

A sua campanha foi marcada por declarações polêmicas.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Ao prestar juramento nesta sexta (20) como o 45º presidente dos Estados Unidos, o empresário Donald Trump assumirá a chefia da maior potência econômica e militar do mundo cercado de incertezas sobre o seu governo na pele do mandatário americano mais impopular a entrar na Casa Branca em décadas.

O modo agressivo e nada convencional da campanha que levou pela primeira vez na história um não político à Presidência dos EUA prenuncia uma ruptura drástica não só de estilo em relação a Barack Obama, mas também de conteúdo nas políticas que o país irá adotar nas esferas doméstica e externa.

O ambiente tóxico que dominou uma das disputas presidenciais mais polarizadas já vividas pelo país não arrefeceu após a eleição de 8 de novembro, em que ele venceu Hillary Clinton no Colégio Eleitoral, mas perdeu no voto popular. Trump continuou a disparar declarações polêmicas e críticas diárias aos que o questionam.

A conclusão da inteligência americana de que o governo russo orquestrou uma operação de ciberespionagem para favorecer Trump na campanha intensificou a desconfiança dos opositores.

Mais que oposição, a suposta interferência russa levou ao questionamento da legitimidade de Trump como presidente, como fez o deputado democrata John Lewis, ícone da luta contra a segregação racial no país.

Decidido a não comparecer à posse, Lewis deflagrou um movimento que já recebeu a adesão de mais de 60 deputados democratas ao boicote, o maior número desde o boicote à segunda posse de Richard Nixon (1913-1994) em 1973, por causa da Guerra do Vietnã.

Trump não será o primeiro presidente americano a assumir o poder em meio a dúvidas sobre sua legitimidade. No caso mais recente, George W. Bush tomou posse cercado de desconfiança de boa parte dos americanos após vencer a eleição de 2000 após uma conturbada recontagem de votos e a intervenção da Suprema Corte. A diferença é que Trump pouco fez para baixar as chamas.

Longe de acalmar o país, Trump lembrou a todos que se opuseram a ele em 8 de novembro o porquê de o considerarem inadequado para a Presidência, escreveu o comentarista politico E.J. Dionne no Washington Post.

O candidato não convencional e inimigo do politicamente correto que prometeu virar Washington de cabeça para baixo seguirá o ritual da posse presidencial com toda a pompa e circunstância, mas em escala menor.

CERIMÔNIA MODESTA

Em contraste com sua personalidade, a posse de Trump será mais modesta que as anteriores, dividida entre a festa e o repúdio.

Dezenas de manifestações estão planejadas por diversos grupos para mostrar sua oposição a Trump, que culminará com a marcha das mulheres, neste sábado (21).

Estima-se que 900 mil pessoas assistirão à posse, metade do público que acompanhou a chegada ao poder de Barack Obama, em 2009. Pelo cronograma Trump fará o juramento no Capitólio (sede do Congresso) às 15h de Brasília e depois percorrerá com o vice, Mike Pence, os 2,4 km até a Casa Branca.

Segundo o comitê que organiza a posse, o tradicional desfile foi encurtado a uma hora e meia (Obama levou mais de duas horas) para que Trump vá imediatamente para o trabalho antes dos três bailes oficiais a que deverá comparecer à noite com a primeira-dama, Melania. Barack Obama e Michelle foram a 11. Bill Clinton, a 14.

O glamour pop ao qual o bilionário está habituado após anos como celebridade nacional estará pouco representado na posse, depois da esnobada de artistas como os cantores Elton John e Andrea Bocelli ao convite para se apresentarem na festa.

Trump retrucou que estava pouco ligando para o boicote, e o que importa é o povo. Desde a eleição, porém, ele vem caindo aos olhos dos americanos.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES