Homem é condenado prisão perpétua por assassinar uma brasileira grávida

Marília foi assassinada pelo chefe em 2013; eles tinham um relacionamento. O réu confessou o crime e ainda pode recorrer da decisão

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O piloto e empresário italiano Claudio Grigoletto, acusado de matar a mineira Marilia Rodrigues, de 29 anos, foi condenado nesta quinta-feira (17) à prisão perpétua. O crime ocorreu no dia 29 de agosto de 2013 em Gambara, na Itália. A uberlandense estava grávida de quase cinco meses e o filho era do acusado, que era chefe dela.

Segundo informações divulgadas pelo site da Agência Italiana de Notícias (ANSA), a sentença foi dada em primeira instância por um tribunal de Brescia, no norte do país, após cinco horas de audiência e mais quatro de deliberação dos juízes. Mas o réu ainda pode recorrer da decisão.

O corpo de Marilia foi encontrado um dia após o assassinato, no escritório da empresa em que trabalhava. A jovem apresentava ferimentos na nuca e no rosto. No local ainda havia forte cheiro de gás.

Na última segunda-feira (14) a mãe de Marilia, Natália Maria da Silva, viajou para a Itália para acompanhar a sentença. A reportagem entrou em contato com ela para saber mais sobre a condenação, e aguarda retorno.

Em conversas anteriores com a reportagem, Natália Silva disse que nada traria a filha de volta, mas que não abria mão da Justiça. Ela também acrescentou a importância da divulgação do fato para que outras tragédias semelhantes não aconteçam. ?É uma situação triste e que dói muito ao ser relembrada. Minha filha era uma pessoa honesta, batalhadora e que saiu de casa para trabalhar e estudar e teve um triste fim?, disse.

Ainda segundo o site, Marilia era amante do acusado. Em matéria publicada em setembro do ano passado, a mãe da mineira disse que sabia do relacionamento da filha com o chefe dela e que eles estavam juntos. Na época, Natália da Silva contou que o homem não dizia que estava casado, pelo contrário, afirmava para a jovem que estava separado.

Prisão do acusado

Grigoletto foi preso logo após as primeiras investigações da polícia. Ele confessou ter matado a brasileira. No mês passado, a ANSA divulgou parte do depoimento de Grigoletto sobre a morte da mineira. O empresário afirmou que a motivação do crime foi uma discussão sobre um apartamento que eles estavam procurando. "Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei", contou.

Segundo a ANSA, no depoimento Grigoletto disse: "Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele", acrescentou.

Ainda no site constava que o italiano disse também que, antes de cometer o crime, pensou várias vezes em se matar por conta das dificuldades econômicas que enfrentava e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com a brasileira da sua esposa, com quem tem duas crianças.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES