EUA avalia se suspenderá espionagem feita a líderes de nações amigas

Autoridade afirmou que Casa Branca considera plano após enxurrada de revelações; governo ordena revisão na NSA

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Confrontado com uma enxurrada de revelações sobre as práticas de espionagem dos EUA, a Casa Branca está considerando colocar um fim nos grampos telefônicos de líderes de nações amigas, informou uma autoridade do alto escalão do governo.

Uma decisão final ainda não foi feita e a ação ainda está sob revisão, segundo a autoridade. Mas o fato de essa resolução estar sendo considerada revela o nível de preocupação dentro do governo sobre o possível estrago provocado pelo escândalo da espionagem - incluindo a mais recente descoberta de que a Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) estava monitorando as comunicações da chanceler alemã , Angela Merkel.

Na segunda feira, a senadora Dianne Feinstein, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, pediu por uma "total revisão de todos os programas de inteligência" após as alegações referentes a Merkel. Em comunicado, a democrata afirmou que a Casa Branca a informou que "a coleta (de informações) de nossos aliados não vai mais continuar".

A autoridade disse que o comunicado estava inmpreciso, mas acrescentou que algumas mudanças específicas já foram feitas e mais outros aspectos estavam sendo considerados, inclusive o fim da coleta de comunicações de chefes de Estado amigos. A autoridade falou em condição de anonimato.

O presidente dos EUA, Barack Obama, falou publicamente sobre sua intenção de investigar as atividades de espionagem sobre a escuta de aliados. Em uma entrevista na TV, Obama disse que as operações de segurança nacional estavam sendo reavaliadas para garantir que o crescimento técnico da capacidade de espionagem aconteça sob controle. "Demos a eles direção política", disse ao canal ABC Fusion.

"Mas o que temos visto nos últimos anos é que a capacidade deles continuou a se expandir e se desenvolver, e é por isso que estou dando início agora a uma revisão para garantir que o que eles sejam capazes de fazer não seja exatamente o que eles façam."

Reportagens baseadas em novos vazamentos do ex-funcionário terceirizado da NSA Edward Snowden indicaram que a agência ouviu as comunicações de Merkel e de outros 34 líderes mundiais . "A respeito da coleta de inteligência da NSA de líderes aliados aos EUA - incluindo França, Espanha, México e Alemanha - vou falar de maneira inequivocada: Eu me oponho totalmente", disse Feinstein. Ela acrescentou que os EUA não "coletariam ligações telefônicas ou emails de presidentes e primeiros ministros amigos" ao menos em uma situação de emergência com aval do presidente.

Em resposta às revelações, autoridades alemãs disseram na segunda que os EUA poderiam perder acesso a uma importante ferramenta policial usada para rastrear o fluxo financeiro de terroristas. Outros aliados também expressaram descontentamento em relação à espionagem dos EUA em seus líderes.

Como uma possível influência, as autoridades alemãs citaram na semana passada a resolução não vinculativa do Parlamento Europeu para suspender um acordo fechado após o 11 de Setembro permitindo os americanos a acessar dados de transferências bancárias para rastrear a movimentação financeira de terroristas. Uma autoridade de alto escalão alemã disse na segunda-feira que ela acreditava que os americanos estavam usando a informação para reunir inteligência econômica em vez de terrorista e que o acordo conhecido como Swift deveria ser suspendo.



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