Oposição impõe derrota a Milei e lei 'ómnibus' volta à estaca zero

Durante as votações individuais de cada artigo, o governo sofreu derrotas em questões cruciais.

Avalie a matéria:
Congresso argentino | Reprodução JN
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Na terça-feira (6), a "lei ómnibus" proposta pelo presidente Javier Milei retrocedeu ao estágio inicial de tramitação no Congresso argentino. Esta reviravolta ocorreu após a aprovação em termos gerais na sexta-feira anterior, levando os deputados a retomar a discussão artigo por artigo nesta semana.

Durante as votações individuais de cada artigo, o governo sofreu derrotas em questões cruciais, incluindo privatizações de empresas públicas e reformas da dívida. Um membro governista, Oscar Zago, do mesmo partido de Milei, solicitou que o texto retornasse à fase de discussão em comissão. Trata-se de um evento inédito na história da Câmara argentina, onde um texto previamente aprovado em plenário volta a uma instância anterior.

O projeto original, que tinha 664 artigos quando enviado por Milei ao Congresso, foi significativamente reduzido. Na terça-feira, os deputados começaram a debater uma versão com 382 artigos.

O presidente Milei, atualmente em uma viagem a Israel, reagiu prontamente através das redes sociais, culpando "a casta" por se opor à mudança que os argentinos haviam votado. Ele afirmou não estar disposto a negociar o programa de governo, destacando a resistência de certos setores políticos às mudanças necessárias.

Enquanto isso, o governo atribuiu a derrota aos governadores, acusando-os de "destruir a Lei de Bases" (nome formal da lei ómnibus). Em uma nota oficial, o governo prometeu não permitir que aqueles que se beneficiaram de um sistema corrupto frustrassem o futuro dos argentinos.

De acordo com relatos do jornal argentino "Clarín", as discussões foram interrompidas quando os deputados começaram a abordar o capítulo das privatizações. Antes disso, os governistas já haviam sofrido derrotas em artigos importantes, como aquele relacionado à reforma do Estado, que permitiria ao governo reorganizar a administração pública.

De acordo com o regimento interno da Câmara de Deputados da Argentina, quando um projeto aprovado em termos gerais é devolvido a uma comissão, ele retorna à estaca zero, invalidando assim a vitória do governo obtida na sexta-feira anterior. 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES