Produtora AEG Live defende culpa de Michael Jackson pela própria morte

O processo, apresentado em setembro de 2010 na Suprema Corte de Los Angeles, coloca contra a parede a AEG

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Após quase quatros anos, a morte de Michael Jackson voltará com força na mídia nesta semana. Começa nesta terça-feira (2), um novo julgamento baseado no processo movido por familiares de Michael contra a produtora AEG Live, responsável pela organização dos shows que Michael faria em comemoração a seus 50 anos.

O processo, apresentado em setembro de 2010 na Suprema Corte de Los Angeles, coloca contra a parede a AEG, que teria atuado de forma negligente com o cantor. por fazer Michael trabalhar sem ter condições físicas, e por contratar, de forma negligente, o médico Conrad Murray, condenado a quatro anos de prisão.

A tática dos advogados da AEG, segundo o site da emissora CNN, é expor as excentricidades de Michael Jackson, incluindo a polêmica do suposto abuso de menores. Para eles, o cantor, de alguma forma, foi responsável pela própria morte. "Não sei como se pode evitar a responsabilidade do senhor Michael Jackson neste caso", disse o advogado da AEG Live, Marvin Putnam, à CNN.

Para o advogado, a história do abuso será relembrada para justificar o aumento do uso de medicamentos pelo cantor. "Estamos falando de Michael Jackson", disse.

"Este é um homem que apareceria de pijama. Este é um homem que pararia no trânsito e sairia a dançar em cima do seu carro. Este é um homem que iria para eventos públicos com um macaco chamado Bubbles. Esta é um homem que disse que dormia em uma câmara de oxigênio."

Médico volta ao foco

A mãe do músico, Katherine, que figura no processo junto com os filhos do artista (Prince, Paris e Blanket), pede US$ 40 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões) da produtora. "A AEG não ofereceu um médico que realmente se preocupasse com Michael e também não contava com o equipamento adequado para salvar sua vida", afirmou Katherine, no processo.

Além do testemunho dos filhos do artista, a mãe estaria contando com a presença do cantor Prince - que aparentemente também teve problemas com a AEG.

Nesta questão, a defesa da produtora rebate que Conrad Murray nunca fora um empregado da AEG, e sim uma escolha pessoal de Jackson.

Eles sustentam a versão com o depoimento que o médico deu à polícia dois dias depois da morte de Michael, de que ele seria um empregado do cantor, e não da produtora. Conrad Murray, porém, já disse que não vai participar do julgamento.

Do outro lado, a família Jackson pretende mostrar e-mail de um CEO da produtora, Paul Gongaware, com o diretor Kenny Ortega, onde há a cobrança da liberação de Michael Jackson para um ensaio por parte de Conrad.

"Queremos lembrar (Murray) que é a AEG, não MJ (Michael Jackson), que está pagando seu salário. Queremos lembrá-lo o que esperamos dele", diz o e-mail.



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