Irregularidades geram desperdício de 158 milhões de litros de água

A empresa Águas de Teresina realiza cerca de 20 mil vistorias por mês na capital para combater as ligações clandestinas de água e vazamentos que causam desperdício do líquido.

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As ligações clandestinas de água e a falta de planejamento das moradias são problemas que afetam a distribuição correta e contribuem para o desperdício. Na tentativa de diminuir esses casos e evitar que determinadas áreas sofram com esses problemas, a empresa Águas de Teresina vem realizando cerca de 20 mil vistorias por mês na capital. A empresa divulgou o impacto dessas irregularidades, que chegou a 158,7 milhões de litros desperdiçados por dia. 

Pedro Alves, gerente de Sustentabilidade da Águas de Teresina, destacou que esse desperdício se destaca em duas situações: “As fraudes, quando se tem realmente a intenção de lesar e furtar água, que é um crime inafiançável. E também as áreas irregulares, as ligações em que encontramos vazões, com as ocupações irregulares, que é o termo mais adequado”.

O furto é qualificado como crime contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. 

O gerente comentou que os “gatos” da água devem ser combatidos através de processos administrativos e em algumas situações necessitam até mesmo de repressão policial. “Quando chegamos a esse ponto, é que a gente já vem lutando e combatendo bastante para reduzir isso. Com relação à falta de planejamento, é devido à falta de uma organização da cidade, como caso das áreas que foram ocupadas sem planejamento”, conta.

Aproximadamente, 8 mil famílias estão com seu sistema de água irregular, o que compreende cerca de 30 mil pessoas nessa situação. “A gente vem trabalhando, juntamente com a Prefeitura de Teresina, para poder regularizar essas áreas. São cerca de 17 bairros em Teresina nesse estado”, diz o gerente. 

Desde que a Águas de Teresina chegou à capital, mais de 4 mil famílias do Parque Vitória e do Residencial Dilma Rousseff foram regularizadas em seu sistema de distribuição de água. 

“O impacto financeiro varia muito nas condições, a cada assentamento, tem um investimento que varia de 1 a 2 milhões de reais. Mas o maior impacto que nós temos é com relação ao aproveitamento da água. Um estudo indica que cada litro de água, ao chegar nas portas das pessoas, deixa para trás cerca de dois a três litros”, informou Pedro Alves.

Além deles, também há o desperdício dos produtos utilizados no tratamento da água, da energia que é usada para bombeá-la, e o fato que a água deixa de ser encaminhada para outras regiões.

“Nosso maior problema e o maior desafio é combater essas irregularidades para que a gente tenha uma maior disponibilidade de água e preste um serviço melhor a toda comunidade” , disse o gerente. 



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