Juiz bloqueia prêmio da Mega-Sena disputado por marceneiro e patrão

O juiz Edemar Gruber, de Joa?aba (SC), determinou nesta quarta-feira o bloqueio do pr?mio de R$ 27,7 milh?es da Mega-Sena pago a uma aposta feita na cidade, de acordo com os advogados do marceneiro Fl?vio J?nior Biass, 21. Ele acusa o chefe de ter se apropriado indevidamente do bilhete premiado e do dinheiro.

Na a??o movida em defesa do marceneiro, os advogados dizem ter testemunhas do momento em que ele deu um papel com as seis dezenas premiadas ao patr?o, incumbido de registrar o jogo em uma lot?rica; e do momento em que, ap?s o sorteio, o patr?o ligou para o pai do funcion?rio para comunicar o acerto.

De acordo com o advogado Francisco Assis de Lima, outro argumento apresentado ao juiz foi o de que h? not?cias de que, depois de retirar o pr?mio em uma ag?ncia da Caixa Econ?mica Federal, o patr?o distribuiu partes dele entre parentes. "Isso ? uma demonstra??o de m?-f?, de inten??o de se desfazer do valor", afirmou o advogado ? Folha Online.

Pelas informa?es prestadas ? Caixa, em Joa?aba, o pr?mio foi dividido entre cinco pessoas que acertaram com apenas uma aposta, no valor de R$ 1,50. Neste caso, se a quantia paga pela aposta foi dividida entre os envolvidos, cada um pagou R$ 0,30.

O marceneiro diz que foi ? lot?rica fazer o jogo premiado no s?bado, ?s 12h30, quando retornava do trabalho com o patr?o. Como n?o havia lugar para estacionar, o chefe o deixou em casa e ficou com R$ 1,50 e os n?meros anotados para fazer a aposta por ele. "Ele fez o jogo dele e o meu. Ficou combinado que, se um dos dois ganhasse, dividiria o pr?mio", disse Biass ? Folha.

Conforme as declara?es do marceneiro, no domingo, o chefe ligou dizendo que os dois estavam milion?rios. Na segunda, veio a surpresa. "Eu fui trabalhar e, chegando l?, ele falou que n?o era nada disso, que o bilhete premiado era um feito com a fam?lia dele e me ofereceu R$ 8.000."

Por telefone, a reportagem tentou entrar em contato com o juiz, mas foi informada de que ele n?o se pronunciaria sobre a decis?o porque o processo corre sob sigilo.

A reportagem tentou entrar em contato tamb?m com o escrit?rio do advogado do patr?o, mas foi informada de que ele n?o retornar? liga?es at? amanh? (6).

Os outros R$ 27,7 milh?es do pr?mio foram entregues a uma aposta de Rond?nia. L?, o dinheiro foi dividido entre 13 pessoas, ainda de acordo com a Caixa.