Liceu Piauiense não resiste a chuvas e fica com salas de aula alagadas em Teresina

A escola passa por reforma no teto e a chuva da última segunda-feira (17) deixou as salas alagadas. Atualmente, o colégio atende 1.300 alunos do Ensino Médio, em tempo parcial e integral

Liceu Piauiense | Reprodução
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As salas de aula que já receberam Freitas Neto, Sílvio Mendes, Wall Ferraz, Petrônio Portela e até Wellington Dias, não puderam acolher com a mesma receptividade a nova geração de alunos do Colégio Estadual Zacarias de Góis, que já tem 169 anos de existência, situado no centro da capital teresinense, pois os alunos tiveram de retornar as suas casas.

O motivo é que, na manhã da última terça-feira (18), por causa da reforma do teto, que ainda está em andamento, as chuvas fortes e inesperadas causaram alagamento e goteiras na escola, que tem trabalhado em tempo integral, com grandes riscos de curto circuito e, consequentemente, de incêndio no prédio.

De acordo com Eudina da Rocha, diretora da Unidade de Gestão e Inspeção Escolar da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), em reunião foi discutido sobre o possível remanejo de alunos, sugerido pelo órgão. No entanto, a escola preferiu manter o funcionamento das aulas apenas no outro prédio, até o fim da reforma.

“Antes de iniciarem as aulas foi feita uma reunião, registrada em ata, para decidir em conjunto com a escola, se seria necessário o remanejo dos alunos. Ficou decidido que alunos permaneceriam na escola, mas no outro prédio.

A alegação é de que a escola cedida para receber esses alunos era distante do centro, e não temos outro lugar nas proximidades da região do Liceu para esses alunos”, explica a diretora da Seduc.

Quanto ao prazo de conclusão da obra, Eudina da Rocha afirma que a Seduc está tomando as devidas providências e que ainda está dentro do prazo previsto.

“Estamos correndo contra o tempo. A obra está em andamento e o engenheiro já se encontra na escola. O prazo que foi dado para a conclusão da obra é até dezembro, ainda estamos dentro do prazo”, garante Eudina da Rocha.

Leonidas Sá, professor de Filosofia, confessa que ao ver a escola alagada ficou bastante triste e a comparou com uma casa abandonada. “Ver o meu ambiente de trabalho nesta situação e não poder fazer nada, bate um sentimento de impotência. Você olha e se pergunta ‘o que posso fazer?’.

Nada! É muita tristeza já que o Liceu é uma escola tradicional e já foi referência de educação no Piauí e hoje se assemelha a uma casa abandonada. Lamentável”, desaba o professor.

O professor Leônidas Sá destaca, ainda, que o barulho da construção atrapalha o andamento das aulas, por tirar a atenção dos alunos e o prédio pode desabar diante de tanta infiltração e goteiras.

“A obra começou em agosto com alunos e professores aqui dentro. E nesse período vejo que o barulho atrapalha as aulas. Se o governo não olhar com mais atenção, para este prédio, tem chances muito grandes de desabar”, acrescenta.

Jery Jordam, 16 anos, diz que chegou na escola e a direção informou que não haveria aula e não teria previsão de retorno. “Cheguei e fui informado que a escola está alagada e sem previsão de aulas regulares. A situação está bem precária”, fala o estudante do 1º ano.

Alunos lamentam estrutura precária

Obras em andamento, fios despelados e muita água. É essa a situação que os alunos do Liceu Piauiense têm presenciado. Devido às salas restritas e ambientes com sérios problemas de estrutura, há até feito revezamento de salas para atender a demanda.

O aluno Jairon da Silva,18 anos, destaca que as obras tiveram início em agosto, com o período letivo, e a falta de aulas com a estrutura oferecida prejudica a aprendizagem dele e dos demais alunos.

"A gente fica triste porque não temos uma estrutura que nós merecemos para estudar. É uma situação chata para todo mundo, para os pais, para a gente e até para a sociedade que vê os estudantes aqui, sem aulas e tendo a aprendizagem prejudicada. Essa é a realidade", garante o estudante do 3ª ano e candidato do Enem.

Para Rita de Cássia Vieira, 16 anos, o Liceu Piauiense apresenta problema não apenas com o alagamento. "As aulas não estão regulares por vários motivos, falta de estrutura, falta de alimentos, falta de iluminação e ares- condicionados quebrados e, agora, a inundação.

Além do mais, de acordo com a placa informativa lá atrás da escola foram gastos R$ 3 milhões na reforma, só que sem nenhuma melhora", ressalta a estudante.

Atualmente, o colégio atende 1.300 alunos do Ensino Médio, 1º, 2º e 3º ano, em tempo parcial e integral e possui mais de duzentos funcionários, dentre professores e servidores.

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