Menino vai para UTI após confundir picada de cobra com 'arranhão'

A mãe da criança afirma que o filho pensou ter sido arranhado por um galho ao buscar um brinquedo em um matagal nos arredores da casa da família.

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Menino vai para UTI após confundir picada de cobra com 'arranhão' | Reprodução
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um menino de 6 anos teve que passar por uma cirurgia e ser internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após não perceber que foi picado por uma cobra em Cubatão, no litoral de São Paulo. A mãe da criança afirma que o filho pensou ter sido arranhado por um galho ao buscar um brinquedo em um matagal nos arredores da casa da família.

Kátia Leite, 31, não percebeu os furos deixados pelo réptil na perna do filho e detalhou que demorou cerca de duas horas para levá-lo ao hospital, após se espantar com o inchaço na perna de João Gabriel, que reclamava de fortes dores na região do ferimento.

Menino vai a UTI após confundir picada de cobra com 'arranhão'

"Ele estava perto de casa, quando foi picado. O João estava junto ao primo dele, que jogou um carrinho na beirada de um matagal. Na hora que foi pegar, ele disse que sentiu como se um pau tivesse batido na perna dele. Ele chegou em casa chorando, com a perna sangrando muito e eu perguntei o que foi. Ele repetiu que um galho tinha batido na perna dele", explicou Kátia em entrevista à reportagem.

A mãe conta que deixou o menino deitado no sofá, mas que ao perceber a gravidade da situação ela e o marido foram com a criança até o Pronto-Socorro Infantil de Cubatão, onde o médico percebeu os furos na perna de João e, apesar de não ter certeza sobre qual o animal responsável pela picada, receitou soro antiofídico para o garoto, usado para neutralizar possíveis toxinas nocivas ao ser humano.

Segundo Kátia, a presença de cobras é comum nos arredores da residência da família, mas o volume de vegetação no matagal atrapalha na segurança dos moradores, que tem mais dificuldade para visualizar os animais potencialmente perigosos. A responsabilidade pelo local em que ocorreu o acidente seria da Petrobras, que tem instalações no bairro.

"É responsabilidade da Petrobras cortar o mato, que é na faixa deles, não é uma mata, é um mato. Eles demoram muito para mandar funcionários para cortar o mato quando está alto. O João estava praticamente dentro de casa e nem chegou a entrar no mato, ele estava na beirada quando foi picado", afirma a mulher.

O caso aconteceu no domingo (16). Os primeiros exames feitos em João Gabriel não apontaram nenhuma alteração, mas após algumas horas em observação no pronto-socorro de Cubatão, o estado do menino se agravou, e a família começou uma corrida contra o tempo para encontrar uma vaga para ele em uma UTI.

"Nos exames estava tudo ok, mas o médico falou que apesar de o protocolo ser liberar o João, ele não estava seguro de dar alta pra ele, porque a perna estava inchando muito", afirmou Kátia.

Segundo a mãe, após a criança ser rejeitada em várias listas por uma vaga, os familiares conseguiram contato com políticos da região para pedir ajuda e João foi transferido na tarde de ontem para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, também no litoral paulista. Apesar do susto, o garoto agora se recupera bem.

"No Guilherme Álvaro eles precisaram fazer uma cirurgia para drenar a perna dele, porque não parava de inchar, foi feita ontem por volta das 15h. Eu estava lá com ele, ele saiu da operação bem, foi rápida, e agora ele está se recuperando bem, mas ainda vai precisar ficar uns dias de observação", concluiu.

Até o momento, os médicos não identificaram qual tipo de cobra picou João Gabriel.

A reportagem tenta contato com a Petrobras via assessoria de imprensa para um posicionamento sobre a suposta falta de manutenção nas instalações da empresa em Cubatão e atualizará a reportagem caso haja manifestação.



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