MPF: Ministro do TCU fez \“parceria\” em crimes de investigados

Nardes manteve “proximidade” com José Ricardo Silva

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Uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal) apresentada nesta sexta-feira (30) contra investigados na Operação Zelotes aponta que o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes  fez uma espécie de “parceria” com suspeitos denunciados pelos procuradores. Segundo o MPF, ele manteve “proximidade” com José Ricardo Silva, da empresa de consultoria SGR, uma relação que teria “assumido parceria nos ilícitos perpetrados"

A acusação entregue à Justiça faz menções ao deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), ex-diretor jurídico do grupo de comunicação RBS, em um suposto esquema de corrupção para evitar que a empresa pagasse uma multa de mais de meio bilhão de reais à Receita Federal

De acordo com emails obtidos pelos procuradores, Nardes recebeu R$ 1,6 milhão da SGR, empresa que fazia distribuição de propinas. Nardes e Motta não foram denunciados, mas sim os demais participantes do esquema. Por terem foro privilegiado, o ministro e o deputado respondem a um inquérito semelhante no STF (Supremo Tribunal Federal).

Nardes era dono de uma empresa contratada pela SGR, mas afirmou recentemente que deixou essa firma e que “não assinou nada com a RBS”. O grupo de comunicação também tem negado sua relação com firmas do ministro e rejeitado qualquer autorização para a SGR subcontratá-las.

O Advogado Marlus Arns de Oliveira, que atua na defesa de José Ricardo Silva, informa que seu cliente não foi intimado pela Justiça e, quando isso ocorrer, apresentará seus argumentos.

Na denúncia, o MPF acusa também um grupo de conselheiros do Carf à época dos fatos, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Carlos Alberto Gonçalves Nunes – já falecido –, de receber propina para dar decisões favoráveis à RBS.

Eles teriam recebido o dinheiro por meio de intermediários, como o sobrinho de Nardes, Carlos Juliano Nardes, e os ex-conselheiros do Carf José Ricardo Silva e Edison Rodrigues. De acordo com a participação de cada um, eles são acusados de corrupção ativa e passiva,além de lavagem de dinheiro. A fonte dos subornos seria a RBS, representada pelo deputado Afonso Motta.



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