Mulheres de Visão capacita para o empreendedorismo

Ao final de um ano, as beneficiadas devem entregar planos de negócios para atender as demandas de acessibilidade no mercado piauiense.

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Diante das ações que possibilitam a inserção de mulheres cegas no mercado trabalho, já que apresentam dificuldades perante a falta de apoio e acessibilidade nas empresas, surgiu o projeto Mulheres de Visão, por meio de uma parceria da Escola Comradio, Instituto Ileve e Fundação Interamericana (IAF). 

Quarenta mulheres com deficiência visual foram selecionadas para participar. Elas vão receber formação de autoconhecimento, oratória, políticas públicas de inclusão, cooperativismo, comunicação, empreendedorismo, negociação e planos de negócios.

Advogada Camila Hannah e presidente da Escola Comradio, Iraildo Mora

O presidente da Escola Comradio, Iraildo Mora, enfatiza o propósito do Mulheres de Visão para o mercado de trabalho. ‘‘Esse é o maior objetivo: capacitar mulheres cegas e torná-las empreendedoras. De  posse desse conhecimento, para que elas possam criar negócios na área de acessibilidade, a fim de atender a demanda do mercado”, explica. 

Camila Hannah, advogada e membro da Comissão de Direito da OAB, é uma das 40 mulheres selecionadas e fala sobre sua expectativa. “Esperamos que este evento consiga sensibilizar a sociedade quanto a importância da acessibilidade e também quanto ao lugar que a mulher cega deve ocupar. Muitas vezes nós vemos muitas dessas mulheres sem oportunidade no trabalho e sem espaço”, relata Camila. 

Durante o projeto, serão realizadas atividades como pesquisa sobre mercado de trabalho para pessoas com deficiência, intervenções em praças, escolas, faculdades e empresas sobre o mundo da pessoa cega, uma revista acessível, documentários, concurso de reportagem, selo para reconhecer empresas acessíveis e será publicado um livro com a metodologia do projeto e histórias de superação de mulheres.

Camila reforça a importância do envolvimento de todas as pessoas com o Mulheres de Visão. “O nosso papel é realmente empoderar para que a sociedade olhe a acessibilidade de uma forma mais ampla e completa,  nos ajudando a efetivar tudo o que está constatado nas leis”, conta a advogada. 

“Nós criamos também um balão gigante que se chama ‘Túnel Sensorial’, que vamos colocar em praças e igrejas, para tentar sensibilizar as pessoas sobre esse universo das pessoas com deficiência”, informou o presidente. 

O lançamento ocorre no dia 05 de agosto, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), e já conta com outro fato de destaque: Mulheres de Visão é uma das primeiras organizações piauienses a captar recursos do governo americano, da Fundação Interamericana (IAF), para investir em projetos sociais. 

“Tínhamos um alto nível de dificuldade para manter apoio federal daqui e sabíamos como era realizada a comunicação com a receita dos Estados Unidos para receber o recurso. Então, é uma série de desafios que estamos rompendo com esse projeto. Acreditamos que, com o desenvolvimento dele, vamos chegar ao objetivo principal, que é causar empatia nas pessoas com relação à acessibilidade e fazer com que leis garantam os direitos”, disse. 

Ao final de um ano, as beneficiadas devem entregar planos de negócios para atender as demandas de acessibilidade no mercado piauiense. O projeto terá duração de três anos.   (A.S.)



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