'Não foi uma fatalidade', diz viúva de homem morto no Beach Park

A viúva desceu no brinquedo logo depois do marido.

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A esposa do radialista José Hilário Silva, que morreu após cair no brinquedo ‘Vainkará’, do Beach Park na última segunda-feira (16) concedeu uma entrevista ao Fantástico e afirmou que a morte do marido não foi uma fatalidade e sim uma tremenda irresponsabilidade e falta de segurança.

Luciane Cristina da Silva contou que ela, o marido e a filha esperavam juntos para descer no brinquedo. No entanto, Ricardo foi chamado para ocupar o lugar que faltava no grupo que estava na frente na fila.

Cada boia comportava quatro pessoas. Ricardo, então, completaria o grupo que estava prestes a descer.

"Falaram para o meu marido: 'Você pode vir com a gente?'. Aí, o Ricardo falou: 'Então 'tá', vou com vocês", narrou Luciane. Ela e a menina desceriam na boia seguinte, apenas segundos depois.

Segundo ela, ninguém perguntou sobre o peso dos participantes. Nenhuma boia poderia, de acordo com exigência do próprio Beach Park, ultrapassar os 320 quilogramas somando o peso dos quatro ocupantes. Na boia de Ricardo, esse valor havia sido ultrapassado.

A viúva afirmou só ter percebido o acidente depois que terminou a descida na atração. Luciane relatou que foi alertada por um funcionário do Beach Park já na piscina ao final do brinquedo.

"Quando eu olhei para trás, eu vi que era meu marido e vi que era muito grave o que aconteceu", narrou. Ricardo morreu na hora, de traumatismo craniano associado a trauma na coluna.

Luciane contou que era a terceira vez do casal em Fortaleza: uma na lua de mel dos dois e a outra quando a filha ainda era um bebê. Eles já haviam visitado o Beach Park. "[Desta vez], a gente foi pela minha filha, para que ela aproveitasse", disse.

Ocupante relatou tragédia: 'filme de terror'

O comerciante Tarcísio Pontes, que descia junto com Ricardo, contou que a boia virou em uma das rampas do escorregador. O radialista bateu a cabeça no começo de um túnel do brinquedo, disseram os relatos.

"Eu percebi que o Ricardo tinha desmaiado, que ele não estava consciente. Peguei ele e o coloquei no meu peito, e aí veio uma onda mais forte, levando a gente até a piscina", relatou.

Tarcísio ainda está abalado com o acidente. "Todo momento estou me lembrando disso, de tentar salvar ele e não conseguir ter êxito", disse.

"Como você entra num lugar para se divertir e em segundos você entra num filme de terror?"



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