Jovem diz não se arrepender de matar marido: “Cansei de apanhar”

“Foram 11 anos apanhando. Pelo menos agora não vou ouvir meu filho dizendo: ”Papai não mate na mamãe“, disse.

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Jovem diz não se arrepender de matar marido: "Cansei de apanhar" | Nathalie Guimarães/G1
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A jovem de 27 anos que matou o marido de 50 anos a marretadas em Juiz de Fora, na madrugada desta terça-feira (25), disse que não se arrepende do crime. "Eu não me arrependo. Estou aliviada. Foram 11 anos apanhando. Pelo menos agora não vou ouvir meu filho dizendo: "Papai não mate na mamãe". Cansei de apanhar e só tenho pena dos meus filhos", afirmou a jovem que não quis ser identificada. Após o crime, ela foi para a delegacia de Santa Terezinha para prestar depoimento. A mulher foi presa em flagrante durante a tarde após ter confessado o homicídio do esposo e enterrado o corpo na horta da casa, no Bairro Cruzeiro do Sul.

Segundo a jovem, ela registrou cinco boletins de ocorrência contra o marido devido a agressões e chegou a sair de casa algumas vezes. "Ele nunca foi chamado para depor. Até no hospital os policiais já me levaram quando eu fiz queixa. Já saí de casa, mas voltava quando ele me ameaçava ou por causa do neném", contou.

A mãe dela, Onice Terezinha da Silva Francisco, disse que a vida da filha com o marido era complicada. "Ele batia muito nela. Até bater nela no portão da minha casa, ele já bateu. Ela tinha que fugir para pedir socorro aos vizinhos", contou. De acordo com informações passadas pela assessoria da Polícia Civil, os dois filhos do casal, de 9 e 3 anos, ficaram sob a guarda da tia paterna e da avó materna.

O crime

A PM explicou que o crime ocorreu no quarto do casal. A jovem esperou o marido dormir e o matou com golpes de marreta na cabeça, durante a madrugada desta terça-feira (25). Em seguida, ela tentou ocultar o corpo em uma cova rasa na horta de casa. Durante a tarde, ela tentou queimar as roupas do marido e as roupas de cama, o que chamou a atenção dos vizinhos. Um deles, segundo o soldado Vitor Fraga, entrou na residência e viu rastros de sangue, que davam para o quintal. Ao retirar o excesso de terra, ele viu o braço do marido. A perícia esteve no local e corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), no Bairro Granbery.

A marreta utilizada no crime foi apreendida. O caso será encaminhado à Delegacia Especializada em Homicídios e Tóxicos onde terá andamento. De acordo com os registros, a partir dos casos registrados pelas Polícias Militar e Civil, este é o 38º homicídio em Juiz de Fora em 2014.



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