No Ceará, mãe diz que filha foi expulsa de escola por ser trans

Caso da estudante transgênero está causando polêmica.

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O relato da mãe de uma estudante transgênero de Fortaleza, no Ceará, está mobilizando as redes sociais. Segundo Mara Beatriz, sua filha de 13 anos foi expulsa da Escola Estudar Sesc, na capital cearense, por causa de sua identidade de gênero. No mesmo post, que já coleciona milhares de compartilhamentos, a mulher convoca as pessoas para uma manifestação na tarde desta quarta-feira. A instituição, por sua vez, divulgou um comunicado no qual lamenta o ocorrido, assegura que a aluna tem sua matrícula garantida na escola e pede desculpas à família.

De acordo com o post de Mara Beatriz, ela foi chamada para uma reunião nesta terça-feira na qual representantes da escola pediram que a família procurasse uma outra instituição de ensino para a adolescente. No mesmo dia, ela registrou ocorrência sobre o caso na Delegacia de Combate a Exploração da Criança e Adolescente (Dececa).

"Hoje (esta terça-feira), no cúmulo da transfobia, me chamaram pra uma reunião e 'recomendaram' que nossa família procure outra escola, que possa atender 'as necessidades' dela. Admitiram que ela é uma ótima aluna, com boas notas e comportamento, mas não vão fazer a matrícula dela para o ano de 2018", escreveu a mãe da menina em seu perfil do Facebook.

Para a mãe, a forma como a escola tratou o caso de sua filha mostra uma humilhação: "Simplesmente a expulsaram, a enxotaram. E quando eu questionei nos escorraçaram: 'os acompanhem, já terminamos a reunião'. Lara e nós, pais, nunca nos sentimos tão constrangidos, humilhados, diminuídos, desrespeitados...", frisou.

No entanto, a Escola Educar Sesc se manifestou por meio de uma nota na página Sesc Ceará, no Facebook, em que garante a matrícula dela no próximo ano letivo.

"O Sistema Fecomércio e a Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental, em Fortaleza, repudiam qualquer atitude de preconceito. A Escola está averiguando os fatos e tomando as devidas providências. A premissa básica do Sistema Fecomércio-CE é inclusão e educação. Analisamos o caso e a aluna tem matrícula assegurada em 2018, como todos os veteranos", afirmou.




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