Número de nascimentos no Brasil cai pelo quinto ano seguido, mostra IBGE

Houve uma queda acentuada na proporção de mães com menos de 20 anos, enquanto a faixa etária de 30 a 39 anos teve um aumento expressivo

Número de nascimentos no Brasil cai pelo quinto ano seguido, mostra IBGE | Imagem: Arte/Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Pelo quinto ano consecutivo, a taxa de nascimento registrou queda no Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2022, o país teve 2.542.298 de nascimentos, queda de 3,5% na comparação com 2021, que somou 2.635.854 bebês. O número de nascidos em 2022 representa uma queda de 11,4% da média do país de 2010 a 2019, que foi de 2.868.479.

TODAS AS REGIÕES REGISTRARAM QUEDAS: O IBGE aponta que todas as regiões do país registram quedas de nascimento, Nordeste (-6,7%), Norte (-3,8%), Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%). Em relação aos estados brasileiros, apenas Santa Catarina (2%) e Mato Grosso (1,8%) registraram aumento da natalidade.

MULHERES SE TORNARAM MÃES MAIS TARDE: Em 2022, houve um aumento significativo na idade das mães ao dar à luz no Brasil. Cerca de 39% dos nascimentos foram de mães com 30 anos ou mais. A gravidez na adolescência diminuiu em todo o país, exceto em Amapá e Mato Grosso. Houve uma queda acentuada na proporção de mães com menos de 20 anos, enquanto a faixa etária de 30 a 39 anos teve um aumento expressivo. No geral, o Norte teve mais nascimentos de mães jovens, enquanto o Sudeste teve mais nascimentos de mães mais velhas. Roraima teve a menor queda nas mães jovens e Tocantins registrou um aumento nas mães com mais de 40 anos.

O QUE OS DADOS REFLETEM? Para a pesquisadora da FGV, os dados refletem o grau de instrução dessas mulheres. Ela explica que, em geral, as mulheres quando têm um filho em uma faixa etária de 30 a 39 anos investiram em educação e qualificação profissional para ter uma gravidez planejada. Ela aponta também que a postergação da maternidade é um fenômeno mundial. "Com a inserção das mulheres no mercado de trabalho, muitas preferem focar na educação, investir em cursos e, depois, quando estiver consolidada no mercado de trabalho com renda suficiente, é que ela decide ter um filho", diz a pesquisadora.

SOCIEDADE CADA VEZ MAIS ENVELHECIDA: Enquanto o país registra queda no nascimento, estudos apontam para uma sociedade cada vez mais envelhecida. Em 2022, o IBGE divulgou que a expectativa de vida no Brasil chegou a 75,5 anos para ambos os sexos. Feijó alerta que o cenário pode gerar implicações para o futuro do país. "Nós precisamos de mão de obra. Vamos ter dificuldade na economia pela falta de população jovem e aumento da demanda de serviços para atender a população idosa."

(Com informações da FolhaPress - Isabella Menon)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES