ONG denuncia que Israel matou 54 crianças de uma só vez ao atacar prédio em Gaza

O fato aconteceu menos de um mês após o Hamas realizar uma invasão em Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas

ONG denuncia que Israel matou 54 crianças de uma só vez ao atacar prédio em Gaza | Mohammed Dahman/AP Foto
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A Human Rights Watch (HRW), Organização Não Governamental de direitos humanos, acusa Israel de realizar um ataque aéreo contra um prédio residencial na Faixa de Gaza, resultando na morte de 106 civis. A HRW classifica o incidente como um "possível crime de guerra". Segundo a investigação, o ataque ocorreu em um edifício de seis andares, localizado no centro do território palestino, em 31 de outubro de 2023.

Letal: Este evento aconteceu menos de um mês após o Hamas realizar uma invasão em Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 240. A ONG destaca que este incidente é um dos mais letais para civis desde os ataques liderados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro.

Investigação: A ONG conduziu uma análise abrangente, usando imagens de satélite, fotos, vídeos e materiais de redes sociais; e também entrevistou testemunhas e voluntários de resgate. Durante a apuração foi confirmada as identidades de pelo menos 106 vítimas fatais do ataque, incluindo 34 mulheres, 18 homens e 54 crianças, através de entrevistas com familiares. A investigação revela que, por volta das 14h30 daquele dia, sem aviso prévio, quatro munições aéreas atingiram o prédio Engineers Building em um intervalo de aproximadamente dez segundos, resultando na completa destruição do edifício.

O que disse as autiridades? A HRW ressaltou: “as autoridades israelitas não forneceram qualquer justificação para o ataque”. A Human Rights Watch afirmou ainda que não encontrou evidências de alvos militares próximos ao prédio durante o ataque israelense, e que se trataria de um “o ataque ilegalmente indiscriminado sob a leis da guerra".

"O ataque aéreo ilegal de Israel matou pelo menos 106 pessoas, incluindo crianças jogando futebol, moradores carregando celulares na mercearia do andar térreo e famílias desabrigadas buscando segurança", diz Gerry Simpson, diretor-adjunto de crises e conflitos da HRW.

"Esse ataque causou um grande número de baixas civis sem um alvo militar aparente -um dos muitos ataques que causaram uma avassaladora carnificina e que destacam a urgência da investigação do TPI Tribunal Penal Internacional", afirma. 

Segundo a HRW, as autoridades israelitas não divulgaram informações sobre o ataque, incluindo o alvo e precauções para proteger civis e também não responderam a uma carta da organização pedindo esclarecimentos. A Human Rights Watch considera o ataque ao Edifício dos Engenheiros como deliberado ou indiscriminado, pois não há evidência de um alvo militar.

A ONG afirma que o fato de o edifício ter sido atingido quatro vezes sugere que as munições visavam o edifício intencionalmente. Mesmo se houvesse um alvo militar válido, a presença de muitos civis levanta preocupações sobre a proporção do ataque. Gerry Simpson destacou a quantidade de mortes: 

"O número impressionante de mortes de palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, demonstra um grave desrespeito pela vida de civis e aponta para muitos outros possíveis crimes de guerra que precisam ser investigados", disse Simpson.

"Outros governos deveriam pressionar o governo israelense a acabar com os ataques ilegais e interromper imediatamente as transferências de armas para Israel para salvar vidas civis e evitar a cumplicidade em crimes de guerra", afirmou.



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