Onix vai ter novidade em segurança, diz presidente da GM

Chefe da montadora que mais vende no Brasil

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A Chevrolet chega a 2018 como a marca que mais vende carros no Brasil e tem o modelo mais emplacado dos 3 últimos anos, o Onix. O ano que passou não foi só de notícias boas porque o hatch foi reprovado no teste independente do Latin NCap, organização que avalia a segurança de veículos na América Latina.

Na abertura da série de entrevistas com presidentes de montadoras, para um balanço de 2017 e expectativas para o ano, o argentino Carlos Zarlenga, da General Motors - dona da Chevrolet -, defende o Onix e diz que ele terá atualizações.

"A gente continua apostando na segurança, então, o carro, sem dúvida, vai ter novidade nesse sentido", afirma.

"O Onix responde a toda a legislação, a todas as normas que você precisa para vender o carro no Brasil e na Argentina. Ele teve 3 estrelas quando foi testado pela primeira vez (em 2014), teve zero na segunda vez, pela mudança do protocolo", completa o presidente da GM Mercosul.

Zarlenga se refere à inclusão do teste de batida lateral nas regras do Latin NCap, em 2016. O governo brasileiro não exige essa prova para autorizar os carros a serem vendidos no país.

Além do Onix, também foram mal no teste de colisão lateral o Ford Ka, outro que levou zero, e o Fiat Mobi (1 estrela), avaliados também em 2017, depois do modelo da GM.

O executivo também falou, entre outros temas, sobre os desafios da indústria automotiva. Um deles é tornar o Brasil mais competitivo para exportar para além dos países vizinhos.

Isso, segundo Zarlenga, passa por padronizar os carros nos mercados brasileiro e argentino. Hoje, os países têm regras diferentes.

“Estamos trabalhando muito forte, com os dois governos, para chegar a criar um produto único (para Brasil e Argentina)”

Veja abaixo mais trechos da entrevista.

Fim da crise no setor

A previsão da GM é de que o Brasil encerre 2018 com 2,4 a 2,6 milhões de veículos vendidos, uma alta de até 16% sobre o ano passado.

"A crise acabou em 2017. A grande pergunta é qual é o ciclo de crescimento que começa agora e quanto vai durar. O último ciclo durou 13 anos, que acabou em 2013. 13 anos de crescimento. Este aqui não sei se vai durar tanto"

Ao responder à pergunta de um internauta sobre por que o Brasil ainda não exporta para mercados mais maduros, Zarlenga diz que não falta qualidade à indústria local. Mas destaca que é preciso tornar o país mais competitivo, a ponto de produzir mais modelos que atendam a diversos mercados.

“Se nós fôssemos competitivos, os programas que seriam investidos aqui seriam programas globais”

Para o executivo, o livre comércio, "por exemplo, com a União Europeia", é uma ideia boa.

Preço do carro

Ao comentar sobre a recente reforma trabalhista, Zarlenga diz acreditar que ela poderia ajudar a reduzir o preço dos carros: “Melhoras de custo dificilmente não são repassadas para o consumidor”.

Mas afirma que o principal item ainda é a alta carga de impostos.

“O principal diferencial do preço do carro no Brasil é imposto indireto sobre a venda (...) 57% do custo de um carro é imposto”

Como manter a liderança

Zarlenga avalia que a Chevrolet conquistou o 1º lugar no ranking das marcas que mais vendem de forma sólida, sustentável.

“(A liderança de mercado) Não foi uma coisa que aconteceu em um mês porque fizemos uma oferta”

A marca atualizou praticamente toda a sua linha nos últimos anos. Em 2017, as principais novidades foram o lançamento do SUV Equinox e a atualização do "irmão" menor, Tracker, ambos importados. Zarlenga não "entrega" quais serão as novidades deste ano, mas promete que elas vão acontecer, inclusive no Onix.

“Vamos continuar com lançamentos... Provavelmente, alguns lançamentos que vão surpreender”

Ao falar do investimento de R$ 1,4 bilhão para novos carros na fábrica de Gravataí (RS), onde são feitos Onix e Prisma, o executivo não dá pistas do que serão os modelos, mas confirma que será mais de um. Eles devem chegar ao mercado a partir de 2020.

Segurança dos carros

Além de defender o Onix, Zarlenga comenta que a marca tem investido em certos recursos de segurança que ainda não são obrigatórios por lei, como o assistente de emergência OnStar, que chama socorro após um acidente, e sensores.

"Em vários modelos, agora, estamos agregando o sensor lateral, para ver quando você tem um motociclista do lado"

Elétricos e compartilhados

Zarlenga anuncia que a Chevrolet lançará o programa Maven, de compartilhamento de carros, no Brasil neste ano, começando por São Paulo. Até então, o sistema originado nos Estados Unidos era testado nas fábricas da montadora, com os funcionários.

Segundo ele, o compartilhamento ainda é pouco explorado no mundo: apenas 0,1% das milhas percorridas em veículos são nessa forma. O serviço deverá ser um marco para os próximos anos.

“(Compartilhamento) Vai ser a maior mudança desde que apareceu a internet”

Além dos compartilhados, o presidente da GM aposta em um futuro com carros elétricos.

“A eletrificação vai chegar ao Mercosul muito mais rápido do que a gente espera"



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