Pagodeiros acusados de estupro dizem temer voltar aos palcos

Integrantes da banda New Hit ficaram presos 38 dias por abuso contra duas menores.

Banda New Hit, acusada de estupro. | Reprodução
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A banda de pagode New Hit ainda não decidiu se volta aos palcos depois do episódio em que os integrantes são acusados de estupro e formação de quadrilha. Os oito jovens, mais o produtor e um segurança ficaram 38 dias presos no presídio de Feira de Santana, na Bahia.

De acordo com o advogado Kleber Andrade, os jovens estão com receio de marcarem algum tipo de evento e sofrerem represália.

- Não falta pedidos para eles se apresentarem. Sabemos que eles têm muitas fãs, mas estamos cautelosos em expor o grupo. Vai que algum engraçadinho faz algum xingamento ou qualquer coisa do tipo. As chances de ocorrer alguma confusão ainda são grandes.

Os suspeitos responderão ao processo em liberdade e estão proibidos de se ausentarem da Bahia sem antes comunicar a Justiça. A primeira apresentação da banda tinha sido marcada para o dia 21 de outubro, num festival de pagode em Salvador. O que eles não esperavam é que a organização do evento cancelasse a participação do grupo depois que uma empresa de bebidas desistiu de patrocinar o show.

Em nota, a empresa disse que ?em respeito aos consumidores, suspendeu o patrocínio ao evento até que a questão envolvendo uma das bandas do festival seja esclarecida?. Depois da repercussão negativa, a produção do grupo desmarcou o show. Alegou que os músicos não têm condições psicológicas de participar do festival.

A banda New Hit é um dos maiores sucessos na Bahia. Antes do escândalo, o grupo fazia cerca de oito apresentações por mês. O estilo é chamado de pagode eletrônico. Virou febre por causa das letras cantadas sempre com duplo sentido. E também pela coreografia explicitamente sensual.

As vítimas são duas adolescentes de 16 anos. Depois da denúncia, elas sofreram ameaças por celular e tiveram as casas vigiadas por carros de estranhos. As duas garotas estão sob proteção do Programa para Crianças e Adolescentes ameaçados de morte. Elas recebem acompanhamento psicológico e policial. Elas tiveram de seguir regras rigorosas como mudar de escola e não falar com os amigos.

O laudo da polícia técnica não aponta quem teve relações sexuais com as adolescentes. Segundo o Ministério Público, pela quantidade de sêmen encontrada nas roupas delas, foram pelo menos duas pessoas com cada uma das jovens. Só o resultado dos exames de DNA vai revelar a identidade dos agressores. O resultado pode demorar 60 dias.



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