Pastoral vê ligação direta entre violações de direitos humanos e avanço do agronegócio

Pastoral vê ligação direta entre violações de direitos humanos e avanço do agronegócio

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As ocorr?ncias de trabalho escravo no Brasil ainda resistem porque est?o vinculadas ? expans?o de atividades econ?micas agr?colas que contam com pre?os internacionais favor?veis. A avalia??o ? do coordenador da campanha de combate ao trabalho escravo da Comiss?o Pastoral da Terra (CPT), Frei Xavier Plassat, que comentou hoje (1?) os resultados da pesquisa divulgada pela organiza??o n?o-governamental (ONG) Human Rights Watch.

Ao lembrar que a Regi?o Centro-Oeste j? superou a Regi?o Norte em n?mero de trabalhadores explorados, o frei afirmou que "isso significa que o avan?o do agroneg?cio, da cana e da soja no cerrado se faz ? custa de trabalho degradante."

Em 2007, segundo a CPT, foram libertadas pelas equipes m?veis do Minist?rio do Trabalho e Emprego 5.968 pessoas submetidas a condi?es an?logas ? escravid?o. O n?mero registrado foi recorde dos ?ltimos 15 anos. Desse total, 2.829 foram encontradas no Centro-Oeste, 2.036 no Norte e 743 no Nordeste.

A CPT aponta avan?os crescentes na fiscaliza??o, pois 80% das liberta?es ocorridas (contabilizadas desde 1995) se deram a partir de 2003.

"Mesmo assim, temos pontos de resist?ncia fortes. Descobrimos trabalho escravo em regi?es que aparentavam estar isentas, como Mato Grosso do Sul, onde mais de mil ?ndios forram libertados de canaviais, Goi?s, S?o Paulo e Minas Gerais", ressalvou Frei Xavier.

O coordenador da CPT revela que aproximadamente 60% das den?ncias de trabalho degradante recebidas pela entidade se referem ? pecu?ria, seguida pela soja, algod?o, cana e carvoarias.

A impunidade tamb?m foi criticada pelo Frei Xavier Plassat ao lembrar que ningu?m foi responsabilizado at? agora pela chacina de fiscais do trabalho ocorrida em Una? (MG) h? 4 anos. "H? muita lentid?o nos procedimentos na Justi?a criminal. A quantidade de recursos poss?veis ? grande."

Para que o Brasil caminhe na erradica??o dessa modalidade de crime contra os direitos humanos, o coordenador da CPT diz que ? necess?rio ir al?m do refor?o na estrutura de fiscaliza??o.

"Libertar do trabalho n?o erradica a escravid?o. Tem que se evitar o recome?o, com pol?ticas de reforma agr?ria, inclus?o social, gera??o de emprego e renda para que ningu?m tenha que sair de casa, enfrentar longas migra?es e aceitar qualquer condi??o que se apresente."

Frei Xavier Plassat destacou como sinal de melhoria e "esperan?a" o fato de os estados do Tocantins, Maranh?o, Piau?, Par? e da Bahia terem elaborado planos de erradica??o do trabalho escravo.



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