SEÇÕES

Advogado diz que Eike não tem como pagar fiança de R$ 52 milhões

Justiça bloqueou aproximadamente R$ 900 milhões do empresário

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O empresário Eike Batista, que precisaria pagar até quarta-feira (17) a fiança de R$ 52 milhões para continuar em prisão domiciliar, corre o risco de voltar para a cadeia. É o que afirma o advogado dele, Fernando Martins, depois de a Justiça Federal determinar o aumento do bloqueio de bens, de R$ 162 milhões para aproximadamente R$ 900 milhões.

"Existe sim [a possibilidade de prisão]. É muito difícil esse pagamento. Todos os bens dele [Eike] estão bloqueados. Vamos encaminhar pedido de reconsideração para que possamos reverter", afirmou a defesa.

"Parece que existe uma intenção de que ele fique preso. É uma expropriação isso que está sendo feito", rebateu.O reexame do bloqueio de bens foi feito pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal, na sexta-feira (12).

No mesmo dia, o juiz Marcelo Bretas determinou o pagamento da fiança para que o empresário voltasse para casa em até três dias.Na medida cautelar, a juiza observa que os artigos pelos quais Eike responde estabe estabelecem pena de multa de até três vezes o montante da vantagem ilícita obtida em decorrência do crime."A pena de multa alcançará em tese o montante de R$750.341.982,00 (insider trading entre as datas de 24/05/2013 a 10/06/2013), e o valor de R$120.391.995,00, no período de 28/08/2013 a 03/09/2013", diz o documento, acrescentando que, para outro delito, a pena de multa em tese alcançará o valor de R$26.162.730,00.

"Evidencia-se, por mero cálculo aritmético, que o valor bloqueado junto ao BACENJUD é insuficiente para garantir este Juízo na cobertura do pagamento da pena de multa, na forma da lei, em caso de eventual condenação", observa o texto, referindo-se ao valor já bloqueado.

EMPRESÁRIO FOI PRESO EM JANEIRO

Eike é réu no processo da Operação Eficiência, da 7ª Vara Federal Criminal. O empresário é acusado de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.

Eike Batista chegou a ser preso preventivamente em janeiro, mas foi solto no fim do mês passado, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, a defesa do empresário diz que a determinação da 3ª Vara Federal descumpriria o Supremo.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos