Amiga relata histórico de brigas entre PM e estudante de direito

Estudante de direito está desaparecida desde quarta-feira (25).

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Atualizado às 13h40

Luana Regina, amiga da estudante de direito Camilla Pereira de Abreu, de 21 anos, que está desaparecida desde a última quarta-feira (25/10), em entrevista no Agora da Rede Meio Norte, relatou  histórico de brigas entre a estudante e o namorado dela identificado apenas como Allisson, lotado no 8º Batalhão da Polícia Militar, na zona Sudeste de Teresina.

Segundo a amiga, o relacionamento dos dois era bastante conturbado. "Várias agressões, várias. Muitas. Puxão de cabelo, ela já chegou a se jogar de um carro em movimento, já levou chutes na barriga, essas coisas", disse, ao ser perguntada sobre o ciúme do policial: "Muito. Ela não podia falar com ninguém, nem com amiga dela que está aqui do lado. Muito ciúme e de todo mundo. Eu não sei por qual motivo ela não largava dele. Eu acho que por conta da proteção, pela carência. Ela era uma menina muito carente, carinhosa, dócil", relatou.

O irmão de Camila, em entrevista ao vivo no Agora,  se emocionou. Muito abalado, ele admitiu a possibilidade da jovem já está morta. "Eu só quero clamar pela justiça porque quero isso esclarecido, quero minha irmã de volta. Todo dia fico olhando aqui a movimentação dos carros indo e voltando, eu penso que em um deles é minha irmã que vai descer. Eu clamo a Deus que traga minha irmã de volta e que seja esclarecido o que aconteceu com ela, quem foi que fez, se mataram ou não mataram ela. Eu quero velar minha irmã. Eu quero ela de volta”, disse, bastante emocionado.

Já Jandeilton Pessoa, tio da estudante de direito, conta que a família ainda tem esperança de encontrar a jovem com vida. Contudo, reconhece que a situação é de muito aflição. "Pelas experiências que eu tenho de polícia e pelas informações que tive, eu acredito que aconteceu alguma coisa de muito grave com ela. Se ela não estiver morta, ela está bastante debilitada, machucada e a probabilidade maior e de ela estar sem vida", afirmou.

Apesar das revelações e do relacionamento de atritos, ainda não há nenhuma acusação contra o policial que, durante o final de semana, foi até a Corregedoria da Polícia Militar e prestou depoimento ao lado de seu advogado. O policial se manteve em silêncio.

Segundo as investigações, ele teria sido a última pessoa que manteve contato com Camila antes do desaparecimento. O policial deu a informação de que deixou a estudante em casa para amiga dela, e não para polícia. Ele teria dito para essa amiga que deixou a jovem na porta de casa, mas que não a viu entrar.

A amiga seria Luana Regina que após dois dias do desaparecimento conseguiu entrar em contato com o policial.

Delegacia de Homicídios assume caso de desaparecimento de jovem

Na manhã desta segunda-feira, o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o ‘Baretta’, assumiu as investigações sobre o desaparecimento da estudante de direito Camilla Pereira de Abreu, de 21 anos, que está desaparecida desde a última quarta-feira (25/10). A família pede desolada, informações sobre a jovem.

Segundo amigos, na quarta-feira Camilla foi para a faculdade, mas assistiu apenas uma aula, pois o namorado Allisson, que seria policial militar, já estava esperando a jovem para saírem em seguida.

“Ela assistiu uma aula e depois já saiu porque o namorado estava esperando ela para eles irem para algum outro lugar, ela passou pouco tempo na sala”, afirmou uma amiga.  Em seguida, os dois foram para o shopping onde passaram pouco tempo e de lá foram para um bar no bairro Morada do Sol.

Segundo Baretta, ele recebeu o caso neste domingo (29). “Assumimos por determinação do delegado geral e do secretário de segurança Fábio Abreu, com isso agora estamos no procedimento de fazer o protocolo de investigação de desaparecimento de pessoas para ver se se enquadra no criminoso ou não criminoso. Vamos procurar todas as pessoas que tiveram com ela no dia do seu desaparecimento”, afirmou.

“Ela estava acompanhada do namorado e de uma amiga nesse bar. De lá eles saíram para deixar essa amiga em casa no Vale do Gavião e depois o namorado informou que deixou ela no portão de casa e saiu. Depois disso não temos mais notícia nenhuma dela, conversamos com o namorado dela só por telefone e ele nos disse apenas isso”, afirmou o tio da jovem que é cabo da Polícia Militar, Jandeilton.

“Ela sempre que saía tinha o hábito de ir para casa do namorado, mas ela não passava mais do que dois dias fora de casa. A gente estranhou porque na sexta ela não apareceu e nem teve contato. Por isso desde sábado estamos na procura”, completou o tio acrescentando que Camilla namorada com o rapaz há dez meses.

O celular da jovem desaparecida foi encontrado nas margens da BR-343, rodovia que dá acesso ao município de Altos. O caseiro de um sítio que fica próximo ao local encontrou o aparelho, colocou para carregar e ligou entrando em contato com a família. “A gente tem indícios de que aconteceu alguma coisa mais grave com ela”, falou o tio desesperado.

Segundo a amiga que estava com Camilla no dia que ela desapareceu, a jovem estava embriagada. “Ela me ligou pedindo que eu fosse para o bar que ela pagava meu Uber, eu fui, por volta das 01h40 ela foi me deixar em casa com o namorado e depois ele foi deixar ela em seguida. Ela estava embriagada”, disse.

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