Profissão de flanelinha pode ser formalizada no Centro de Teresina

Sistema da Zona Verde regulamenta o estacionamento em algumas áreas

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A reativação da Zona Verde no centro de Teresina deve inserir os flanelinhas no mercado formal de trabalho e resolver o problema da privatização dos estacionamentos públicos. A proposta é da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e foi apresentada durante audiência pública na Câmara Municipal, na manhã de ontem (22).

José Falcão, diretor de Trânsito da Strans, afirma que está sendo estudada a reativação da Zona Verde, a exemplo de outras cidades, que estão realizando a convocação de moradores de ruas que trabalham como flanelinhas. O sistema da Zona Verde regulamenta o estacionamento em algumas áreas. Nesses locais específicos, cada motorista só pode permanecer durante um certo tempo, com a utilização de cartões, proporcionando assim uma maior rotatividade de vagas.

“O propósito é que o flanelinha passe a ser um profissional formal, passe a ter a carteira assinada e passe a trabalhar na operação do estacionamento rotativo da Zona Verde”, enfatiza o diretor, ao ressaltar que o flanelinha deve trabalhar com a venda de cartões através de um método eletrônico, para que seja feita uma fiscalização e ele não tenha como lesar o usuário com a venda do cartão acima do valor a ser estabelecido.

A situação de estacionamentos no centro da cidade e a atuação de flanelinhas já vem sendo discutida há algum tempo. A audiência foi solicitada pelo vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT). Segundo ele, um dos principais problemas enfrentados pela população é a privatização de vias públicas realizada por flanelinhas, além dos altos preços de estacionamentos privados. O parlamentar tem um Projeto de Lei tramitando na Câmara que propõe o cadastro, identificação e distribuição por zonas dos flanelinhas, a fim de regulamentar a situação.

“Os espaços públicos do centro são privatizados pelos flanelinhas e não existe sistematização do poder publico para que a gente encontre uma forma de organizar isso. Por isso, convocamos a Strans, a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas) e a Polícia Militar para que a gente possa propor para o Executivo a sistematização do estacionamento, como já existem em algumas capitais do país”, explica o vereador, ao frisar que existem muitos casos de assédio moral contra mulheres e extorsão.

Como não há um cadastro destes profissionais, é difícil ser colocada em prática alguma medida de punição.

“Nossa intenção é que exista um cadastro dos flanelinhas com todas as informações (quem são, de onde são) na Semtcas, e que a Strans faça um mapeamento das ruas do centro, para que se tenha a marcação dos espaços de estacionamento”, ressalta Dudu. Na Câmara Municipal, três projetos estão tramitando neste sentido e a ideia é fazer a compilação deles e enviar uma proposta para o Executivo.



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