Residências devem ser vistoriadas a cada 5 anos

A vistoria de manutenção de imóveis deve ser realizada periodicamente. Em imóveis com fluxo intenso de pessoas, o prazo reduz para cada dois anos.

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Imóveis precisam de manutenção periódica, mas em Teresina não há o costume de agir preventivamente no intuito de prevenir danos. É o que afirmou o engenheiro civil Daniel Britto, membro da Associação Brasileira de Patologia das Construções (Alconpat), em entrevista ao Programa Banca de Sapateiro, nessa       terça-feira (20).

Na sua análise, há prédios antigos e obras já finalizadas na capital que necessitam de acompanhamento de profissionais porque podem apresentar problemas de durabilidade, falta de funcionalidade e requerem ações preventivas e corretivas. 

"A cidade tem muitos prédios antigos e alguns que carecem de manutenção. A capital não tem o costume de manutenir suas edificações. As pessoas acreditam que as construções são eternas, que não se desgastam, e isso tem que ser revisto, principalmente nas edificações que têm constante uso", observou Daniel Britto.

As vistorias variam de acordo com a utilização do prédio e o profissional destaca de quanto tempo é necessária repará-las. "Se tenho um prédio que o fluxo de utilização dele é grande, a periodicidade da manutenção deve ocorrer a cada dois anos, até porque os equipamentos que compõem o prédio vão se desgastando, como os motores dos elevadores. Agora se você tem uma edificação pouco utilizada, como sua própria residência com sua família, carece de uma periodicidade a cada cinco anos, dependendo do tipo de utilização".

Engenheiro civil esclarece sobre os problemas durante a construção de prédios.| Crédito: José Alves Filho

Daniel explica também que os principais fatores que determinam a indicação de inspeções técnicas seriam: "o desgaste de fachadas dos prédios, estruturas de concretização interna e o potencial de corrosão",descreve. 

Técnica para identificar danos invisíveis

Recentemente, um condomínio na capital passou por vistoria após uma explosão de um botijão de gás. Durante a inspeção, os profissionais utilizaram um aparelho de ultrassom, que permitiu um diagnóstico do comprometimento do prédio.  Muito comum, a patologia estuda as doenças e suas alterações em nosso corpo. Na área das construções civis, a patologia fornece respostas para os problemas típicos da construção. 

O engenheiro ressalta a importância da Engenharia Diagnóstica, um ramo da engenharia civil para tratar essas não conformidades nas edificações como um todo.

"Pode ser em um prédio, uma ponte ou sua casa. Utilizamos essa técnica para determinados casos para verificar internamente como está o comportamento da estrutura, muitas vezes a estrutura não mostra visivelmente essas pequenas manifestações patológicas, tudo isso são técnicas que a engenharia tem disponibilizado nos últimos anos. A olho nu, algumas estruturas demonstram apresentar riscos e na inspeção visual conseguimos diagnosticar", explica.  

Daniel Britto é membro do comitê científico da Alconpat, é especialista em avaliações e perícias e Mestre em Geotecnia. Durante seu trabalho como engenheiro, as obras que mais chamam atenção para sua avaliação são tabuleiros de algumas pontes, as fachadas de prédios que estão tendo grandes desplacamentos de cerâmicas e pilares de prédios com mais de 30 anos. 

O engenheiro avalia que os reparos em imóveis com problemas são essenciais, pois além de oferecer riscos, também acarreta no desperdício de materiais de construção. "É importante prevenir e não acreditar que as estruturas são eternas, elas precisam de manutenção", concluiu. (V.P.)



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