Seca atinge 24 açudes que têm só 33% de água no Piauí, aponta Dnocs

A bacia hidrográfica do rio Canindé é a que tem a maior quantidade de água acumulada na região monitorada pelo Dnocs com 585,6 milhões de m3, mas o volume equivale a apenas 46% da sua capacidade

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O Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) divulgou o resultado do monitoramento de 24 açudes construídos pelo órgão situados em três bacias hidrográficas do Piauí. Os reservatórios guardavam 680,8 milhões de m3 de água até o final do mês de janeiro. O número parece expressivo, mas equivale a apenas 33% da capacidade total dos açudes situados nas bacias dos rios Poti, Longá e Canindé.

A situação mais grave é na bacia do rio Longá, que abrange os açudes de Algodões II, no município de Curimatá; Caldeirão, Anajás e Pé de Serra, todos em Piripiri; Campo Maior e Caracol, situados nas cidades de mesmo nome; além do açude Joana, em Pedro II. Essa bacia está acumulando 82,7 milhões de m3 de água, o equivalente a apenas 26% da sua capacidade, segundo o Dnocs.

O açude Pé de Serra, por exemplo, pode receber 54 mil m3 de água e está com apenas 5 mil m3, 9% da sua capacidade; já o açude Caracol pode acumular até 585 mil m3 de água e tem 70 mil m3 - 12%. O açude Algodões II que pode receber 247 milhões de m3; tem apenas 40 milhões de m3 de água - 16%. A melhor situação na bacia é a do açude Caldeirão que pode acumular até 54,6 milhões de m3 e tem 37,1 milhões de m3 de água - 68%.

A bacia hidrográfica do rio Canindé é a que tem a maior quantidade de água acumulada na região monitorada pelo Dnocs com 585,6 milhões de m3, mas o volume equivale a apenas 46% da sua capacidade.

O reservatório de Salinas - localizado entre Oeiras e São Francisco do Piauí - é atualmente o maior da região com 387,4 milhões de m3 de água, acumulando 70% da sua capacidade; na outra ponta está a grave situação do açude de Bocaina, que dá nome a cidade onde está situado, que opera com apenas 14% da sua capacidade de 106 milhões de m3 de água - hoje o reservatório tem apenas 15 milhões de m3.

A bacia do Poti tem atualmente 3,9 milhões de m3, o que chega a 48% da sua capacidade, segundo o Dnocs. O açude Beneditinos, está com 47% da sua capacidade de 4,2 milhões de m3; e o açude Bonfim tem 50% da sua capacidade de 3,8 milhões de m3.

Dois açudes operam em volume morto, diz Dnocs

O Piauí tem dois açudes construídos pelo Dnocs que iniciaram o ano operando no volume morto devido a grave seca que atinge o Estado. O açude Cajazeiras, no município de Pio IX, tem capacidade para 24,7 milhões de m3 de água, mas tem atualmente apenas 17 mil m3. O volume morto começou a aparecer quando a água acumulada alcançou 952 mil m3.

No ano passado o Dnocs construiu 177 poços tubulares para amenizar o problema da falta d’água em Pio IX em virtude da seca no açude Cajazeiras. A barragem pertence a bacia do rio Canindé e serve para abastecimento da população e irrigação da produção agrícola em Pio IX.

Outro açude que também atingiu o volume morto foi o Caracol. O reservatório tem capacidade para 585 mil m3 de água e acumula atualmente 70 mil m3. O nível do volume morto começou com 87,7 m3. O açude serve para abastecimento e irrigação e pertence a bacia no rio Longá estando situado no município de Caracol. (A.R.)

Seca é mais grave na maioria dos estados do NE

O nível de água acumulada nos reservatórios do Dnocs em todo Nordeste é de apenas 24%, o equivalente a 6,9 bilhões de m3 de água. A situação mais grave é a do estado de Pernambuco, que tem 252 milhões de m3 de água, o equivalente a 13% da sua capacidade de armazenamento devido a grave estiagem que atinge o Estado. As bacias dos rios Brígida e Moxotó estão, respectivamente, com apenas 5% e 8% de água acumulada; já os rios Capiberibe e Pajeú, cada um com mais de 53 milhões de m3 de água, estão, cada, com 16%.

No Ceará o volume de armazenamento é de apenas 21%. Chama atenção 26 açudes que atingiram o volume morto no Estado. O maior deles, o açude Pentecoste, na bacia do rio Curu, tem capacidade para 360 milhões de m3 de água, mas tem apenas 3,8 milhões de m3. No entanto, o Ceará ainda tem 3,1 bilhões de m3 de água, sendo o maior volume total entre os estados do Nordeste.

Na Paraíba o volume armazenado é o mesmo do Ceará em níveis percentuais: 21%. No entanto em m3 de água esse percentual representa 815 milhões de m3 de água. Em situação de dificuldade também está o Rio Grande do Norte, com 835 milhões de m3 de água, atingindo nível de 27%.

Alagoas tem 25 mil m3 de água, estando seus reservatórios 42% preenchidos; Bahia tem volume de 479 milhões de m3, com 46%; Sergipe, 12,5 milhões de m3 de água, chegando a 54% e em melhor situação na região está o Maranhão com 600 milhões de m3 acumulados - 59%.



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