Sobe para 403 o número de mortos que fizeram jejum para “conhecer Jesus”

Paul Nthenge Mackenzie atraiu seguidores para a floresta de Shakahola prometendo salvação religiosa por meio da morte por inanição.

Foram induzidas pelo suposto pastor | AFP
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Nesta segunda-feira (17), as autoridades do Quênia contabilizaram mais 12 corpos de pessoas que morreram de fome (realizando um jejum) por terem sido induzidas a isso por uma seita do país. Com isso, o balanço do "massacre de Shakahola", nome da floresta do Quênia, chega a 403 mortos.

"Nossa equipe médico-legal pôde exumar 12 corpos hoje", declarou à imprensa a prefeita da região da costa, Rhoda Onyancha.

Na semana passada, as autoridades locais iniciaram a quarta fase de abertura das valas comuns e sepulturas e de exumações. As autoridades quenianas esperam que o número de mortos aumente, já que as buscas continuam, quase 3 meses depois da descoberta das primeiras vítimas.

O ministro do Interior queniano, Kithure Kindiki, culpou as forças de segurança e a Justiça do Quênia por negligência, por não terem tomado as medidas adequadas em resposta às queixas anteriores contra o suposto líder da seita, o pastor Paul Mackenzie.

“Acho que alguns funcionários do corpo da Polícia Nacional e até do Judiciário têm explicações a dar”, disse o ministro, que lembrou ainda que “houve pouca atenção do Ministério Público nos graves crimes pelos quais Mackenzie foi acusado e condenado".

Conforme as informações, Paul Nthenge Mackenzie atraiu seguidores para a floresta de Shakahola prometendo salvação religiosa por meio da morte por inanição. Situação esta que não aconteceu. A mídia local informou que Nthenge já havia sido detido e indiciado em março depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.



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