Teresina tem 31 casos de tuberculose a cada 100 mil habitantes

Teresina apresentou 31 casos a cada 100 mil habitantes

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A tuberculose é doença infecciosa e transmissível e, embora seja curável, ainda tem alta incidência no Brasil. No ano passado, Teresina apresentou 31 casos a cada 100 mil habitantes, um decréscimo em relação a 2013, quando foram 34 a cada 100 mil pessoas. A taxa de cura, por sua vez, está, até o momento, em 56%, número que pode aumentar, uma vez que o tratamento é longo e o sistema de saúde oferece um prazo de 15 meses para que os dados sejam computados.

Apesar da redução do coeficiente de incidência da tuberculose, ainda restam desafios para a redução do número de casos da doença. As metas estabelecidas para 2015 na capital do Piauí incluem conseguir um percentual de cura de 80%, uma taxa de abandono menor ou igual a 8%, uma média de 83% de testagens de HIV para serem realizadas em portadores de tuberculose e realização de cultura em, no mínimo, 40% dos doentes.

Na última semana, profissionais de saúde das esferas municipal e estadual se reuniram para organizarem o fluxo de atendimento de pacientes com tuberculose na rede hospitalar pública.

O objetivo foi definir os pontos de atenção da rede municipal de Teresina para atendimento de pacientes com tuberculose e contribuir para organizar o fluxo de atendimento dos pacientes na rede pública estadual.

“Discutimos como serão feitos os encaminhamentos dos casos de tuberculose, tanto da atenção básica em saúde, quanto da rede hospitalar. Por exemplo, podemos citar os casos que serão encaminhados para o Hospital Infantil Lucídio Portela: avaliação de diagnóstico de tuberculose em menores de 10 anos de idade ou efeitos adversos de BCG e tratamento em menores de 10 anos de idade”, explicou Carlos Gilvan, coordenador do programa de tuberculose da FMS.

Seis milhões de novos casos surgem todos os anos

Anualmente são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. No Brasil a tuberculose é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais.

Transmitida pelo bacilo de Koch - o Mycobacterium tuberculosis - a tuberculose é uma das doenças infecto- contagiosas que mais matam no país. A cada ano são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

“O contágio se dá por via aérea e a bactéria consegue sobreviver por até 24 horas suspenso no ar. Então, ambientes fechados e pouco ventilados favorecem a transmissão da doença”, explica o bioquímico Marcos Kozlowski, responsável técnico do Laboratório de Análises Clínicas (Lanac).

Diagnóstico precoce é fundamental para cura

Tosse por mais de duas semanas, febre, produção de catarro, cansaço, dor no peito e falta de apetite estão entre os sintomas da tuberculose, que afeta principalmente o pulmão. Como a doença tem cura, o diagnóstico precoce é fundamental. “O exame do escarro, também chamado de baciloscopia, faz uma análise da secreção dos pulmões e consegue descobrir quais as fontes da infecção para o devido tratamento”, conta Kozlowski.

Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado à pobreza e à má distribuição de renda. Assim, alguns grupos populacionais possuem maior vulnerabilidade devido às condições de saúde e de vida a que estão expostos. (Ver infográfico) A doença em crianças também merece atenção. “Em 2014, o Piauí registrou oito casos de tuberculose em crianças menores de 10 anos. Com isso, é importante que o médico esteja atento, pois quando uma criança é diagnosticada com a doença, isso nos leva a crer que há também um adulto com a doença no convívio do paciente”, esclareceu Ivone Venâncio, supervisora estadual de Tuberculose.

Prevenção - Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.



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