Torcedores reclamam da situação do estádio Albertão

Estádio lotado, vitória com gol nos acréscimos e palco de grandes jogos. Mas nem tudo é festa para o Estádio Albertão. Muitos torcedores repudiam as condições do estádio, ao assistirem as partidas, e denunciam que já encontram o local escuro, sem banheiros adaptados para crianças que não tinham água, papel higiênico e estavam com odor.

Um dos torcedores que não quis se identificar, relata que as condições sanitárias e a segurança do estádio estão deploráveis. Os sanitários estão em péssimas condições, sem água e com os vasos sanitários entupidos de fezes. “Havia ido ao jogo com minha filha e uma sobrinha [crianças], e minha filha sentiu a necessidade de usar o banheiro, mas não tinha condições alguma, os vasos fediam. Ela teve que fazer em um dos corredores”, reclamou o torcedor.

As marcas do abandono no Albertão só aumentam, a grama está morrendo por falta de cuidado. O estádio que já foi palco de grandes partidas e viu times regionais chegarem a elite do futebol piauiense, sofre com o descaso. Outro caso de abandono é visto na fachada de entrada que se encontra pinchada e um mal cheiro de urina é sentido próximo as bilheterias. Algumas das guaritas são usada como local de ponto de drogas à noite o que representa um risco para os frequentadores.

“O estádio não oferece condições de jogo e nem de recepção para os torcedores , além disso a escuridão ao redor do estádio e no estacionamento me dá medo”, continua o pai de uma das crianças.

Além das condições na estrutura, o preço dos alimentos vendidos no local é outra das reclamações - “O preço das comidas é caro e as vezes não tem procedência', relatou Gusmão Macêdo, outro frequentador da arena.

O estádio é administrado pelo governo do estado através da Fundação dos Esportes do Piauí (Fundespi). Procurados pela reportagem, o órgão competente não respondeu sobre as acusações e quem deveria organizar a limpeza do local.

Também procurada para rebater as acusações feitas, a Federação de Futebol Piauiense (FFP) diz que “faz sua parte cobrando as solicitações cabíveis como rege o estatuto do torcedor. A entidade é apenas a gestora das competições”, completou o superintendente executivo da FFP, Daniel Araújo.