Vacina para combater colesterol pode chegar em 6 anos ao mercado

72 voluntários vão passar por um tratamento experimental

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Uma injeção desenvolvida para controlar os níveis de colesterol no organismo pode estar mais perto da realidade do que nunca. Depois de testar o medicamento em ratos, os pesquisadores da Universidade Médica de Viena, responsáveis pelo protótipo do remédio, irão aplicar a vacina em humanos.

São 72 voluntários que irão passar por um tratamento experimental de colesterol usando a vacina. A estimativa é que todos os participantes sejam analisados pelos próximos seis anos até os resultados serem suficientes para o lançamento do produto no mercado, conforme explicaram Guenther Staffler e sua equipe da Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada em entrevista publicada pela European Heart Journal.

Como uma alternativa aos comprimidos consumidos diariamente por pacientes que precisam diminuir o essa gordura , evitando que ela obstrua as artérias, a injeção irá funcionar por meio da ativação do sistema imune para atacar a proteína PCSK9 - responsável pela produção do mau colesterol, o LDL -, para que ela não se aglomere na corrente sanguínea.

Até o momento, os testes em camundongos apresentaram uma redução de 50% do LDL em um período de um ano, e também protegeu as artérias do deposito de gordura, conhecido como aterosclerose.

Riscos

Por estar em sua primeira fase de testes, até o final deste ano alguns problemas de segurança ou efeitos colaterais deverão ser reconhecidos e resolvidos antes dos estudos mais intensos avançarem. Os ajustes serão importantes, já que a vacina ainda não foi usada em humanos e muitas alterações poderão ser feitas até que o medicamento esteja pronto.

Um dos problemas que deverá ser solucionado é o risco da injeção aumentar a probabilidade do paciente adquirir diabetes . Essa é uma preocupação dos pesquisadores da Universidade Médica de Viena, que já está sendo observada cuidadosamente.

"Ainda há muitas perguntas sobre essa abordagem poder funcionar em humanos", comentou Tim Chico, cardiologista da Universidade de Sheffield.

Mesmo assim, os cientistas estão confiantes de que a medida irá ajudar na prevenção de doenças do coração, derrames e angina. Especialmente para pacientes que não conseguem se adaptar com os medicamentos via oral, já que em algumas pessoas essas drogas não fazem efeito, essa será uma alternativa bastante interessante e eficaz.

Colesterol

Produzida naturalmente pelo próprio organismo, se trata de uma gordura encontrada na corrente sanguínea, usada como componente estrutural das membranas celulares do coração, cérebro, fígado, intestino, músculos, nervos e pele.

O colesterol é importante para o funcionamento normal dos órgãos, capaz de produzir hormônios como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que auxiliam na digestão de gorduras.

Dividida em dois tipos, o colesterol bom , HDL, ajuda a transportar a substância que está localizada no sangue até o fígado, onde ela se decompõe. Já o tipo ruim acaba acumulando a gordura nas paredes internas das artérias, deixando pouco espaço para o fluxo do sangue correr pelos órgãos.

O excesso de colesterol tipo ruim é responsável por aumentar as chances do indivíduo de desenvolver doenças cardiovasculares. Algumas pessoas têm os níveis dessa substância elevados por condições genéticas, além de comportamentos relacionados à má alimentação, consumo de álcool e cigarro e sedentarismo. Nesses casos, é importante que, mesmo com o uso de medicações, esses hábitos sejam evitados.




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