'Você salvou a minha vida', diz namorada de brasileiro morto em Israel

Ranani Nidejelski Glazer residia em Tel Aviv com amigos e trabalhava como entregador

'Você salvou a minha vida', diz namorada de brasileiro morto em Israel | Reprodução
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Rafaela Treistman, namorada de Ranani Nidejelski Glazer, o brasileiro que morreu em Israel após os ataques do grupo extremista Hamas, lamentou a morte do rapaz por meio das redes sociais. A publicação reúne algumas fotos de momentos vividos pelo casal. Eles estavam na companhia de um amigo em uma festa de música eletrônica que foi atacada no último sábado (7).

Publicação de Rafaela Treistman na rede social (Foto: Reprodução)

"Meu anjo, eu te agradeço tanto pelo carinho, por me fazer sentir feliz, por cuidar de mim, por me proteger. Até quando estávamos prestes a morrer você não falhou em me acolher, em me acalmar. Eu devo a você a minha vida, você salvou a minha. Se tem um herói nessa história toda, esse herói é você, meu amor", escreveu Rafaela.

Ranani serviu no exército em Israel, residindo em Tel Aviv com amigos enquanto trabalhava como entregador. Segundo sua namorada, ele sonhava em se tornar um DJ no Brasil.

"Sei que você ainda tinha muitos sonhos que queria realizar, e eu te juro que estaria com você em cada um deles. Você queria ser um DJ famoso no Brasil, queria que suas músicas fossem conhecidas. Até escrevemos uma música nós dois", relembrou Rafaela.

O pai de Ranani reside em Israel, enquanto sua mãe vive em Porto Alegre. Ele frequentou o Colégio Israelita, localizado na cidade gaúcha. O jovem celebraria seu 24º aniversário na próxima sexta-feira (13), conforme relatou uma tia.

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VÍDEO ANTES DE MORRER 

Ranani Glazer gravou um vídeo enquanto estava dentro de um bunker, onde se refugiou imediatamente após o início do ataque. Ele descreveu a situação como algo saído de um filme, destacando que teve que percorrer vários quilômetros para encontrar um local seguro para se esconder.

No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro — disse.

O bunker em que nos escondemos foi metralhado por integrantes do Hamas e depois jogaram gás para todo mundo morrer asfixiado, e foi quando comecei a pedir a Deus para sobreviver. Eu me senti em Auschwitz — relatou Rafael, que agora mora com amigos em Herzylia, próximo a Tel Aviv. — Eu só me senti seguro quando cheguei no hospital.

No local onde ocorria o festival Universo Paralello, organizado pelo pai do DJ Alok, Juarez Petrillo, foram encontrados pelo menos 260 corpos. A organização de resgate israelense Zaka informou no último domingo que dezenas de pessoas que participaram do evento ainda estão desaparecidas.

De acordo com o Itamaraty, há pelo menos duas brasileiras desaparecidas que estavam na rave: Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 41 anos.



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