Capitão da PM que bateu em estudante já se envolveu em agressões

O policial já se envolveu em outros casos de agressão.

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Afastado das ruas após a agressão ao estudante Mateus Ferreira Silva, de 33 anos, o capitão da Polícia Militar Augusto Sampaio de Oliveira Neto está na corporação há 12 anos e acumula, na ficha funcional, 34 elogios. Ainda segundo as notações, ele nunca recebeu uma punição, mas já se envolveu em pelo menos quatro ocorrências de agressão, inclusive contra menores em situação de rua. Os casos ocorreram entre 2008 e 2010.

Mateus, que cursa ciências sociais, está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas obteve uma melhora na parte respiratória.

O comandante geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves de Oliveira, explicou que Sampaio ficará exercendo apenas atividades administrativas enquanto o Inquérito Policial Militar que investiga a conduta dele não é concluído.

Em nota, a corporação explicou que instaurou o procedimento na última sexta-feira “diante das imagens que circulam em redes sociais, quando da intervenção policial militar, que mostram a clara agressão sofrida” pelo estudante.

O inquérito tem um prazo de 30 dias para ficar pronto. De acordo com a nota divulgada pela PM, na ocasião, a investigação tem o “objetivo de individualizar condutas e apurar responsabilidades”.

“Houve excesso, não há como fugir a esta situação, houve o excesso na ação praticada por esse policial militar e, em decorrência disso, o comando da instituição instaurou o inquérito policial militar que irá apurar as responsabilidade”, disse o coronel.

Em nota, o comando da PM já havia destacado que “condena veementemente todo e qualquer tipo agressão praticada por policias militares no exercício de sua função, não compactuando com atos que possam afrontar os princípios da ética, moral e legalidade”.

O secretário de segurança pública de Goiás, Ricardo Balestreri, se posicionou por meio de uma rede social criticando a ação de Sampaio. Ele declarou que todo PM sabe que não deve atingir ninguém na cabeça durante tentativa de imobilização. O secretário também reconheceu que a PM nem sempre recebe os equipamentos e treinamentos necessários para progressão da força.

Durante o ato, segundo a corporação, quatro policiais militares foram feridos e foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para serem submetidos a exames de corpo de delito. No Boletim de Ocorrência registrado por um deles, o militar alega que usou o cassetete para conter manifestantes mascarados que estavam agredindo dois homens.



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