Homem é condenado a 31 anos de prisão por assassinar ex-esposa com Covid-19

A vítima se recuperava da Covid-19 em casa quando foi espancada a pauladas pelo agressor na frente do filho, de 10 anos, segundo denúncia do Ministério Público

Mulher foi assassinada pelo ex-companheiro na frente do filho | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Ednaldo Alves da Conceição, de 44 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 31 anos de prisão por assassinar a ex-companheira, Silvana Magalhães de Souza, de 35, em Boa Vista. O crime aconteceu no bairro Laura Moreira, na zona Oeste da cidade, em maio do ano passado.

A vítima se recuperava da Covid-19 em casa quando foi espancada a pauladas pelo ex na frente do filho, de 10 anos, segundo denúncia do Ministério Público de Roraima (MPRR) à Justiça.

Chegou a ser internada

A operadora de caixa Silvana chegou a ser internada no hospital, mas não resistiu.  Ela e o acusado tinham sido casados por 10 anos e já tinha sido agredida pelo ex outras vezes.  

"Ednaldo e Silvana viveram juntos, mas estavam separados há alguns anos, porém, residiam em imóveis localizados no mesmo terreno. A vítima já tinha medida protetiva de urgência contra o ex-companheiro devido a ameaças anteriores", informou o MPRR.

Feminicídio 

Como o crime ocorreu no contexto da violência doméstica, o acusado foi condenado por feminicídio, com os agravantes de ter sido cometido na frente do filho e em meio à pandemia, quando a "vítima enfrentava situação particular, tentando se recuperar da Covid-19".

"Ednaldo foi condenado por ameaça e homicídio qualificado, já que o crime foi praticado por motivo torpe, meio cruel e praticado num contexto de violência doméstica [feminicídio]. A pena foi aumentada por ter sido praticado na frente do filho da vítima e em descumprimento de medidas protetivas de urgência", detalhou o MPRR.

Cumprimento da pena

A pena total aplicada foi de 31 anos, 5 meses e 9 dias de reclusão. Ele estava preso preventivamente desde a época do crime, permaneceu preso durante o processo e agora inicia o cumprimento da pena.

“Infelizmente, os crimes contra as mulheres, especialmente os feminicídios, são corriqueiros no nosso estado, apesar do endurecimento da lei e das penas. O Ministério Público está atento e lutando diariamente para que os agressores sejam devidamente punidos. Essa condenação a uma pena superior a 31 anos deve servir como exemplo de punição e prevenção”, destacou o promotor de Justiça do Tribunal do Júri, Igor Naves.

Cabe recurso

A decisão cabe recurso, mas o réu recorre preso. À época, o caso foi registrado pela Polícia Militar na Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam). Quando foi morta, Silvana tinha uma medida protetiva contra o ex que havia sido expedida há menos de dois meses.

Mulher foi assassinada pelo ex-companheiro na frente do filho 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES