Índios atacam e incendeiam ônibus em obras de usina hidrelétrica no PA

A acusação é contra os índios das etnias Arara e Juruna, que bloqueavam o acesso

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O consórcio construtor da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, acusa índios de atacarem e incendiarem ônibus durante desocupação do acesso a um dos canteiros de obras, nesta sexta-feira (30).

Desde a terça-feira (27), indígenas fechavam o acesso ao sítio Pimental -- uma das três frentes de obras da Hidrelétrica Belo Monte. Segundo o consórcio, antes de liberarem o acesso ao local, nesta sexta-feira, pelo menos cinco ônibus foram depredados pelos indígenas, sendo dois deles incendiados.

A acusação é contra os índios das etnias Arara e Juruna, que bloqueavam o acesso. Os cinco ônibus ficaram completamente destruídos, segundo o consórcio.

O consórcio disse que registrou boletim de ocorrência na Superintendência de Polícia Civil de Altamira e pretende tomar medidas judiciais contra os índios.

O UOL tentou contato com responsáveis da Funai no Pará, neste sábado (31), mas não obteve retorno.

Tensão

Esse não foi o primeiro problema com índios e as obras de Belo Monte. No domingo (25), os índios denunciaram ao MPF (Ministério Público Federal) que foram recebidos a bombas e balas de borracha pela Força Nacional de Segurança, que protegem o local.

Segundo a denúncia, cerca de 20 índios teriam ido ao local "pacificamente e desarmados" tentar conversar com representantes da Norte Energia S.A, responsável pelas obras.

Em comunicado, o MPF disse que os índios foram cobrar o cumprimento das condicionantes acordadas para as obras, e militares da Força Nacional teriam atirado contra os índios.

Quatro pessoas ficaram feridas. A Funai (Fundação Nacional do Índio) encaminhou as vítimas para exame de corpo de delito na segunda-feira (26).

O Ministério da Justiça negou a versão dos índios e disse que a Força Nacional resistiu a uma "tentativa de invasão de pessoas armadas" ao canteiro de obras no sítio Pimental. Segundo o órgão, houve os disparos, mas não foram identificados feridos.

O consórcio construtor informou que o acesso ao sítio Pimental é feito por terra, e a política de segurança "impede que embarcações não autorizadas atraquem na área, devido à grande circulação de veículos pesados, máquinas e guindastes".



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES