Investigadora morta a tiros por dono de mansão estava na polícia havia 7 anos

Os policiais foram na residência em busca de imagens das câmeras de segurança para identificar ladrões da região

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Investigadora morta em São Paulo | Reprodução
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A investigadora da Polícia Civil Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, morta durante um tiroteio na frente de uma mansão no Jardins, em São Paulo, trabalhava na função há pelo menos 7 anos. De acordo com a dinâmica do ocorrido, ela e o também investigador Felipe Wilson da Costa foram confundidos com assaltantes pelo dono da residência. 

Eles foram na residência em busca de imagens das câmeras de segurança que pudessem ter registrado a presença de ladrões que haviam invadido uma casa vizinha no dia anterior. Embora tenham se apresentado como policiais, exibindo distintivos presos a cordões, Rogério Saladino, proprietário da mansão, não acreditou na veracidade de suas identidades.

Posteriormente, o empresário disparou contra a investigadora, resultando em sua morte. Felipe, por sua vez, reagiu e atingiu Rogério, levando à sua morte. Durante a confusão, o funcionário de Rogério, o vigilante particular Alex James Gomes Mury, tentou desarmar o empregador. No entanto, ele também foi baleado pelo investigador e faleceu no local.

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Felipe, que agiu em legítima defesa, saiu ileso, enquanto Milene não conseguiu alcançar sua arma para reagir. A investigadora foi sepultada no domingo (17) em um cemitério da Zona Leste da capital paulista. Durante a cerimônia de despedida, várias viaturas da Polícia Civil acionaram suas sirenes como uma homenagem a Milene.

A  policial prestava serviços no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Além do diretor do Deic, Fábio Pinheiro Lopes, o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, compareceu ao velório do policial que perdeu a vida no exercício de suas funções.

Segundo relatos dos colegas de trabalho, a investigadora conduziu diversas operações cruciais na Polícia Civil, contribuindo para a elucidação de vários crimes. Em uma dessas operações, infiltrou-se em um aplicativo de relacionamento para se aproximar de um criminoso procurado por roubo seguido de morte. Sob a pretensão de interesse, simulou uma conexão com o indivíduo e organizou um encontro. Posteriormente, com o suporte de outros policiais, colaborou efetivamente na prisão do criminoso.

(Foto: Divulgação/Polícia Civil/X)

"É com imenso pesar que a Polícia Civil informa que a investigadora Milene Bagalho Estevam faleceu ontem, 16/12, no cumprimento da função", informa trecho do comunicado. "A Polícia Civil presta os mais sinceros sentimentos de solidariedade à família e aos amigos."

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está encarregado da investigação do incidente, que foi oficialmente registrado pela Polícia Civil como "homicídio" e "morte decorrente de intervenção policial". As autoridades policiais comunicaram a descoberta de "porções de maconha" e outras substâncias entorpecentes na residência de Rogério. Além disso, o Instituto Médico Legal (IML) conduzirá testes para determinar se o empresário estava sob efeito de alguma droga ou bebida no momento em que confrontou os policiais.



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