Marinha acusa militar por disparos fatais contra própria esposa

De acordo com testemunhas, Wania foi alvejada por dois tiros, resultando em ferimentos na região abdominal, tórax e coluna vertebral.

Wania foi alvejada por dois tiros disparados pelo marido após uma discussão | Reprodução Instagram
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O Ministério Público do Rio apresentou uma denúncia contra Alexander Neves da Invenção, de 48 anos, militar da Marinha, pela morte de sua esposa, a bióloga Wania Lucia Firmiano da Silva, de 47 anos. Ela foi baleada em 24 de junho e teve morte cerebral declarada no domingo, depois de 15 dias de internação no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, na Região dos Lagos. 

De acordo com testemunhas, Wania foi alvejada por dois tiros, resultando em ferimentos na região abdominal, tórax e coluna vertebral. Alexander foi denunciado por feminicídio, cometido por motivo fútil e na presença do filho menor de idade. Além disso, de acordo com a 1ª Promotoria de Justiça de São Pedro da Aldeia, a arma utilizada pelo acusado não estava devidamente registrada.

O crime ocorreu na noite de sábado no apartamento do casal. Vizinhos relataram que Alexander chegou embriagado em casa. Wania tentou acalmar o marido, pedindo que ele fosse dormir, mas ele não ouviu o que a esposa falou. Em seguida, ela pediu ao filho que se trancasse no quarto, o que deixou o militar enfurecido.

E no meio da discussão, Alexander sacou uma arma e disparou duas vezes contra a bióloga. Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada imediatamente em estado grave para atendimento no Pronto Socorro do Morro dos Milagres. Logo em seguida, ela foi transferida para a unidade de saúde de Araruama, onde permaneceu até o domingo. Segundo a direção do hospital, Wania passou por uma cirurgia de emergência assim que chegou, mas seu estado de saúde era considerado grave.

Diante do ocorrido, Alexander foi preso em flagrante e teve sua prisão convertida em prisão preventiva, depois de audiência de custódia. Foram apreendidas uma arma e um estojo de munições. Após a morte da bióloga, a Escola Municipal Sebastião Loubach, em Rio das Ostras, lamentou a perda da professora, que lecionava Ciências na instituição. Parentes de Wania também expressaram seu pesar:

"Nunca pensamos que uma mulher de nossa família se tornaria vítima de um crime brutal de feminicídio, mas infelizmente aconteceu com minha irmã [...]. Wania era professora de Biologia na cidade de Rio das Ostras e estava prestes a se formar em Nutrição no final do ano. Era muito amada por toda a família, amigos e alunos, e deixou um filho maravilhoso de apenas 12 anos", disse o irmão da vítima em trecho de seu relato.



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