Polícia detalha dinâmica do crime dos corpos decapitados no litoral

Eles revelaram detalhes do crime para o delegado.

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Nesta quinta-feira (08/03), a Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios, informou detalhes da dinâmica do assassinato ocorrido no dia primeiro de março, no Bairro Piauí, em Parnaíba, em que foram decepadas as cabeças de Paulo Henrique Lima Caldas, 48 anos, mais conhecido “Professor”, e David Soares Maciel, 29 anos, que segundo o delegado Eduardo Aquino estavam consumindo drogas na residência.

Estão presas quatro pessoas, sendo um adolescente apreendido e há dois foragidos. A ação dos delinquentes resultou nos crimes de tortura, homicídio e ocultação de cadáver.

Segundo relatou o delegado, Luís Carlos Evangelista de 26 anos, conhecido “Lulu”, foi quem alugou a casa, e Antônio Carlos Rodrigues dos Santos Júnior, o “Júnior Preto”, era o dono da boca de fumo, em que estavam vendendo drogas.

Tanto Paulo Henrique como David Soares estavam consumindo drogas fornecidas por Júnior e o dinheiro acabou. Mas como eles tinham crédito por não ter dívidas lhes foi permitida a continuidade do consumo fiado. Os usuários disseram que tinham dinheiro.

Quando Júnior percebeu que ambos não iam pagar. Tanto ele como Geovane Alisson de Sousa, trancaram os dois em um quarto, fechado com um sofá por conta da tranca quebrada. Por volta das 02h de quinta-feira (01/03), vizinhos ouviram gritos de pedido de socorro, naquele momento havia sido iniciada a tortura. Foram panadas de facão, socos, pontapés e um deles teve as sobrancelhas raspadas com lâmina de barbear. Foram em torno de quinze minutos de tortura.

A dupla agressora voltou ao terraço e continuou consumindo drogas. A polícia acredita que Paulo Henrique tentou sair do quarto quando Geovane e Júnior mataram o professor com um golpe no pescoço e no abdômen. O corpo foi arrastado para o quintal. Depois foi retirada a roupa de David que ficou só de cueca. Nesta oportunidade já estava também na casa o Francisco de Assis Evangelista Guedelha, 32 anos, que chegara com bebida alcoólica, e continuaram usando entorpecente.

Em seguida, por volta das 03h30 chegaram Jonas de Brito Martins, 20 anos, e o adolescente J.V.G.S, de 17 anos, para consumir drogas; mas foi pedido que retornassem em meia hora e não lhes foi permitida a entrada. Quando retornaram, entraram e receberam a informação de que o crime havia sido realizado. O corpo do professor estava inteiro. O consumo de crack continuou como se nada tivesse acontecido.

Depois foi iniciada uma discussão sobre o que seria feito com David Soares. “Junior Preto”, Jonas e o adolescente se propuseram a matar o jovem encarcerado. O Jonas disse que o Júnior não tinha coragem para matar. O adolescente disse que amarrou David, que estava sentado no canto do quarto.

De peito para o chão, David teve um pé colocado nas costas e a cabeça puxada pelos cabelos. O garoto ainda pisou nas costas da vítima e efetuou golpes de faca. Em seguida, Júnior também puxou o cabelo de David e tentou decepar o pescoço com o facão; mas estava cego e se reclamava disso. Ele passou o facão para Jonas que efetuou entre cinco a oito golpes no pescoço da vítima. Depois disso, Júnior colocou o facão debaixo do pescoço de David com a lâmina para cima e Jonas começou a chutar a cabeça para poder arrancar, mas sem êxito. Júnior torceu o pescoço com as mãos e arrancou a cabeça.

Pela manhã, Francisco de Assis Evangelista Guedelha, 32 anos, foi até seu comércio que fica em frente à casa alugada e pegou sabão e água sanitária. Francisco de Assis Júnior, 28 anos, o “Júnior Scooby”, chegou e deu a ideia de ser cavada uma cova de dois metros para enterrar os corpos e também para esquartejá-los. Luís Carlos Evangelista Guedelha, o “Lulu”, chegou, em seguida, provavelmente para receber o apurado, e depois retornou a sua casa para buscar instrumentos para enterrar os corpos.

A ação para esquartejar e enterrar os corpos durou em torno de uma hora e meia. Todos se revezaram na ação. Depois tomaram banho, compraram vinho e foram beber. Quando a Polícia Militar chegava ao local tentando identificar a casa, o bando fugiu. Estas informações estão nos relatos dos acusados à autoridade policial. Também está presa Franciely Oliveira Pereira, 23 anos, investigada por envolvimento no crime. As prisões tiveram participação essencial da Polícia Militar. Estão foragidos Geovane Alisson de Sousa e Antônio Carlos Rodrigues dos Santos Júnior, o “Júnior Preto”.



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