‘Policiais pediram resgate’,diz jovem que denunciou tortura no Rio

Os jovens acusam os policiais de terem roubado cerca de R$ 800

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Um dos jovens que acusam policiais de uma UPP de tortura numa abordagem em Santa Teresa, Região Central do Rio, afirmou que o objetivo dos PMs era pedir “resgate” para liberar o grupo. Em depoimento na 6ª DP, as quatro vítimas, entre 16 e 23 anos, contaram que foram abordadas, agredidas e obrigadas a ficar, por volta das 4h do dia 25.

As partes íntimas de um deles foram queimadas com um isqueiro. Um dos rapazes foi, ainda, obrigado a fazer sexo oral com um dos amigos enquanto um PM filmava.

Os PMs acusados pelos quatro jovens em seus depoimentos são Vinícius de Amorim Tosta, Jordane Cabral da Silva, Wesley Medina Assis, Carlos André Lourenço do Nascimento, Diogo Santos Bocks da Silva, Antonio Carlos de Oliveira, Helder Omena Ferreira Ribeiro e Fabio Carlos Santos da Silva. Eles foram presos administrativamente.

Os quatro voltavam de uma festa de Natal no Morro Santo Amaro, no Catete, para a casa, no Rio Comprido. Os policiais, entretanto, ainda são investigados por outros dois crimes que aconteceram na mesma noite.

Uma mulher de 21 anos foi atingida por um disparo de raspão. Ela estava de moto com o namorado e, ao ver um jovem sendo agredido por PMs, desviou do local onde estava a viatura.

Outro jovem acusou o mesmo grupo de PMs de extorsão. Ele foi abordado com uma moto no Rio Comprido por não usar capacete. Segundo o relato, os PMs pediram R$ 50 para liberá-lo.

Oito policiais foram presos administrativamente após as denúncias. A 8° Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos.

Na 6ª DP, um dos PMs assumiu a autoria do disparo que atingiu a mulher. Os PMs são investigados pelos crimes de furto, ameaça, lesão corporal, constrangimento ilegal e tentativa de homicídio.  Ao todo, os jovens acusam os policiais de terem roubado cerca de R$ 800, cordões de ouro, chinelo e bonés.



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