Policial envolvido em agressão a idosa e homem rendido é afastado

Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o policial militar envolvido em um incidente em que foi flagrado agredindo um homem rendido e algemado, além de desferir um soco no rosto de uma idosa no interior de São Paulo, foi afastado das atividades operacionais.

O incidente ocorreu na tarde da última terça-feira (30) no bairro Água Branca, em Igaratá. Um vídeo registrado por uma testemunha revelou o momento em que o agente agride o homem rendido e desferindo um soco no rosto de uma idosa, que é deficiente auditiva e tentava intervir.

A SSP informou que um inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para investigar todas as circunstâncias do incidente.

Além disso, a Secretaria de Segurança Pública também esclareceu que a família foi algemada e agredida em razão de terem sido hostilizados e também agredidos pelo grupo durante uma discussão entre vizinhos sobre demarcação de terras.

Entenda o caso

A tarde da última terça-feira (3) em Igaratá foi marcada por uma discussão acalorada entre vizinhos que resultou em uma visita à delegacia local. A Polícia Militar foi chamada para intervir e controlar a situação, no entanto, um dos agentes acabou sendo flagrado agredindo um homem rendido e uma idosa que tentava intervir na situação.

Um vídeo registrado por uma testemunha captura parte da abordagem policial e mostra o momento em que os agentes agridem Vilma de Oliveira e seu filho.

De acordo com informações, o incidente teve início em uma discussão relacionada à demarcação de terra. O vizinho de Vilma estava construindo um muro que invadia a propriedade da senhora, o que levou a uma reclamação por parte dela.

Essa reclamação acabou evoluindo para uma discussão acalorada entre o vizinho e os filhos de Vilma. A fim de conter o conflito, a Polícia Militar foi chamada ao local, porém a situação se deteriorou ainda mais.

"Para evitar maiores exaltações, eu chamei a polícia, mas acabei sendo agredida por eles", explica dona Vilma, de 80 anos.

Segundo Benedito Rodrigues de Oliveira, um dos filhos de Vilma que foi algemado, as agressões por parte da polícia continuaram dentro da viatura, quando não havia mais ninguém registrando os acontecimentos em vídeo.