“Queremos que o FBI examine o corpo”, diz irmã de brasileira morta em Cancún

Marido, famoso produtor de TV, é o principal suspeito, mas foi liberado.

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Uma mulher bonita e bem-sucedida descobre a traição do marido, um conhecido produtor de televisão. Para tentar salvar o casamento, propõe uma viagem de reconciliação que termina em um brutal assassinato. Parece roteiro de filme policial, mas foi o que aconteceu com Mônica Burgos, uma brasileira que morava há 20 anos em Los Angeles, nos Estados Unidos, e que foi encontrada morta no México esta semana.

Em Los Angeles, o bolo para a comemoração dos 42 anos de Mônica foi encomendado pelos amigos. No lugar da festa, velas, flores e uma oração.

No dia do aniversário de Mônica ? quinta-feira (8) ? o corpo dela foi encontrado em uma cisterna de água num hotel de luxo, em Cancún, México, onde ela passava férias com o marido, o produtor de TV Bruce Bereford-Redman, e os filhos do casal ? uma menina de cinco e um menino de três anos.

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Assim que soube da morte da irmã, Jeanne, que também mora em Los Angeles, foi ao México para acompanhar as investigações.

A polícia diz que Mônica levou um golpe na cabeça e foi estrangulada.

Bruce é o principal suspeito.

Ele apareceu na delegacia com marcas de arranhões no pescoço e manchas de sangue na camisa. Foi preso na hora, mas solto dois dias depois com a ajuda de advogados. Mesmo assim, está proibido de sair do país.

Jeanne voltou aos Estados Unidos na noite de sábado e falou com exclusividade ao Fantástico. ?Eu quero respostas para coisas que parece que para mim já têm respostas, mas parece que para a Justiça ainda precisa de mais respostas.?

Cinco anos depois de chegar aos Estados Unidos, Mônica virou uma das donas de um bar, o Zabumba, que na época não era muito conhecido. Mas, aos poucos, a brasileira transformou o lugar num dos pontos de referência para brasileiros na cidade. Não era só por causa da comida, das festas e da música. Nas mãos de Mônica, o Zabumba também era um porto seguro para brasileiros que chegavam a Los Angeles.

?A minha primeira chance de trabalho foi aqui. A Mônica me deu trabalho e me ajudou demais por seis anos. Eu tinha um filho pequeno, ela deixava eu trazer o meu bebê para trabalhar junto comigo?, contou a produtora de eventos Gisele Leyba.

?Esse lugar não era apenas um restaurante. É um ponto de encontro de todos os amigos brasileiros?, disse a professora Joana Wozniak.

O caso atraiu a atenção de emissoras americanas por causa do trabalho de Bruce na televisão.

Mas quando ele conheceu Mônica, há 12 anos, estava desempregado e a carreira na TV não passava de sonho.

?Eles não conheceram o Bruce que era pobre quando casou com ela. E ela ajudou a levantar o cara?, declarou Marcelo Gomes, empresário e amigo de Mônica.

Quando Bruce passou a ser um produtor de TV bem-sucedido, o padrão de vida do casal melhorou muito. Eles compraram, por exemplo, uma casa avaliada em US$ 1,5 milhão, mas o relacionamento dos dois não ia bem. Mônica desconfiava de Bruce. E há quatro meses descobriu que ele tinha um caso amoroso com uma colega de trabalho.

Mônica instalou gravadores no carro de Bruce. E tinha acesso aos e-mails dele.

Sempre que encontrava mensagens enviadas para a amante, mandava cópias para as amigas.

?Na carta ele até fala que deixaria os filhos. Eu escutando isso de um cara, por que eu tenho de estar ao lado desse cara? Como é que eu vou conseguir dormir com esse cara??, contou Neide de Lima, sócia e amiga de Mônica. Ela diz que aconselhava Mônica a sair. ?Ela dizia: ?Neide, a gente tem que tentar?.?

A última semana antes da viagem para Cancun foi cheia de estranhas coincidências. Segundo a amiga, o destino original da viagem era Dubai e Mônica pagaria as despesas.

Mas em cima da hora, Bruce mudou os planos e apareceu com passagens pagas por ele para Cancún.

?Ele chegou e disse que antes de viajar eles tinham que fazer um seguro de vida. Eles não iam viajar sem fazer um seguro de vida. Agora, sabendo que aconteceu isso, parece premeditado, não parece??

O corpo de Mônica deverá ser liberado nesta segunda-feira (12) pela polícia mexicana, que já informou ter feito tudo o que podia em relação à perícia.

Jeanne disse que Bruce já providenciou a cremação do corpo.

?A gente quer uma perícia, a gente quer que o FBI requeira o corpo para a gente poder trabalhar no corpo, para a gente poder ver onde é que estão os resultados, as marcas daquilo que foi feito com a minha irmã.?

Os filhos do casal estão em Los Angeles, sob a guarda dos pais de Bruce, e não sabem ainda o que aconteceu. ?O estrago já foi feito, o dano já foi feito, é irreparável porque os meus sobrinhos vão ter problema para o resto da vida por causa disso. ?Eles não sabem e eu não sei como vai ser para dizer porque ela tem cinco e ele tem três?

A mãe de Mônica e Jeanne, dona Ely, voa nesta segunda (12) para os Estados Unidos para acompanhar as filhas na tentativa de descobrir e entender o que aconteceu com Mônica na noite do dia 4 de abril, no quarto do hotel em Cancún.



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