Suspeitos de assassinato de médicos foram executados 12 horas após o crime

Um laudo elaborado por peritos da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) trouxe à tona a hipótese de que suspeitos morreram horas depois do crime

Suspeitos foram encontrados mortos horas depois do crime | Arthur Guimarães/Metrópoles
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Na madrugada da última quinta-feira, um crime chocou a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando três médicos foram brutalmente assassinados em um quiosque. O que intriga as autoridades agora é que os suspeitos desse crime foram executados entre 10 e 12 horas depois. Um laudo elaborado por peritos da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) trouxe à tona a hipótese.

A análise dos quatro corpos encontrados revelou que dois deles exibiam sinais de rigidez muscular generalizada, um fenômeno bioquímico que normalmente ocorre após um determinado período de tempo após a morte. Especialistas afirmam que essa transformação geralmente começa entre 8 e 10 horas após o óbito, mas sua cronologia pode variar de acordo com fatores como idade, ingestão de substâncias e condições ambientais.

Documentos obtidos pelo Metrópoles indicam que os corpos de dois indivíduos suspeitos foram encontrados em outro local na zona oeste do Rio de Janeiro, apresentando rigidez muscular generalizada às 22h40 do mesmo dia, juntamente com ferimentos típicos de disparos de armas de fogo e facadas em várias partes do corpo. A Polícia Civil agora suspeita que esses corpos podem estar relacionados ao assassinato dos médicos na região de Jacarepaguá.

O médico legista George Samuel Sanguinetti explicou que a rigidez cadavérica é um fenômeno complexo e que somente exames cadavéricos detalhados, realizados no Instituto Médico-Legal (IML), poderão confirmar com precisão os momentos da morte.

“Quando existe morte, um dos primeiros fenômenos de transformação que aparece no cadáver é a rigidez, que começa pelo mento (mandíbula) e se espalha pelos músculos de todo o corpo. Essa mudança bioquímica depende de diversos fatores, como a idade da pessoa e o que ela ingeriu antes da morte e ainda de variações do meio ambiente, como a temperatura do local. É possível estimar que esse enrijecimento generalizado se dê entre 8h e 10h após a morte”, detalhou o médico legista George Samuel Sanguinetti.

Além disso, relatos da análise feita pelo Grupo Especial de Crime (GELC) da DHC descrevem a descoberta de três corpos no interior de um veículo Honda HRV, sendo dois brancos e um pardo, por volta das 22h55, enquanto o motorista do veículo foi resgatado por uma motocicleta cujo modelo e cor ainda não foram identificados. Em outra área de Jacarepaguá, na Praça da Gardênia Azul, um quarto corpo foi encontrado por volta da 01h03, dentro do porta-malas de um veículo também apresentando múltiplos ferimentos causados por projéteis de arma de fogo.

O caso

Os quatro médicos ortopedistas foram baleados, onde 3 morreram, em um quiosque localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, registraram em foto o momento que confraternizaram juntos, antes de serem surpreendidos pelos criminosos. Uma das vítimas está internada em estado grave. 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de execução, uma vez que nenhum pertence foi levado pelos indivíduos. De acordo com as testemunhas, os bandidos não falaram nada e, chegaram atirando. Ao todo foram pelo menos 20 disparos efetuados. As vítimas estavam no Rio de Janeiro para um congresso internacional de ortopedia.

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