'Aborto, só por cima do meu cadáver': polêmicas de Cunha

Em São Paulo, o ato marcado para as 17h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, conta com cerca de 23 mil confirmados no Facebook

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Manifestantes vão às ruas nesta quinta-feira pedir a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de seu cargo. Em São Paulo, o ato marcado para as 17h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, conta com cerca de 23 mil confirmados no Facebook. Também estão previstos protestos em Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Fortaleza.

Cunha, que é ligado à igreja evangélica Assembleia de Deus – Ministério Madureira, tem dado apoio a uma série de pautas conservadoras em discussão na Congresso Nacional e é chamado de "fundamentalista religioso" pelos manifestantes. O parlamentar, contudo, se defende e diz que pensa só da mesma forma como “a maioria”.

“Não sou eu que não vou deixar a pauta progressista andar, não sou eu que sou conservador. A maioria da sociedade pensa conforme nós (evangélicos) pensamos. É só deixar que a maioria seja exercida, e não a minoria", disse Cunha durante um encontro com evangélicos no início de março, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o presidente da Câmara se referiu à “minoria” de ativistas da causa gay que organizou um protesto contra ele em São Paulo.

A briga de Cunha com os homossexuais é antiga. Em 2011,  ele apresentou um projeto para instituir o “Dia do Orgulho Hetero” no Brasil e disse que o objetivo da proposta é “resguardar direitos e garantias aos heterossexuais de se manifestarem e terem a prerrogativa de se orgulharem do mesmo e não serem discriminados por isso". Agora, como presidente da Câmara, Cunha pediu que o projeto volte a ser discutido nas comissões da Casa.

Veja, abaixo, algumas declarações polêmicas de Eduardo Cunha:

GAYS

“Estamos vivendo a fase dos ataques, tais como a pressão gay, a dos maconheiros e abortistas. O povo evangélico tem que se posicionar” – mensagem postada no Twitter no dia 31 de janeiro de 2014, após a TV Globo exibir um beijo entre os personagens Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), no último capítulo da novela Amor à Vida.

“Não tenho que ser bonzinho. Eles querem que esta seja a agenda do País, mas não é” - declaração dada em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada no dia 9 de fevereiro de 2015.

ABORTO

“Aborto eu não vou pautar (para votação) nem que a vaca tussa. Vai ter que passar por cima do meu cadáver para votar. Aborto e regulação de mídia, só passando por cima do meu cadáver. O último projeto de aborto eu derrubei na Comissão de Constituição e Justiça. Regulação econômica de mídia já existe. Você não pode ter mais de cinco geradoras de televisão. No aborto, sou radical” – declaração dada em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada no dia 9 de fevereiro de 2015.

TERCEIRIZAÇÃO

“Estamos só há 11 anos atrasados” – declaração dada para criticar a “demora” na tramitação do projeto da terceirização, protocolado em 2004 na Câmara, durante evento na Bahia no dia 19 de abril.

“O que a Câmara decidir, pode ser revisado pelo Senado. Mas a última palavra será da Câmara. A gente derrubaria a decisão se o Senado desconfigurar (o projeto)" – declaração dada ao jornal Folha de S.Paulo no dia 21 de abril de 2015..

"Pau que dá em Chico também dá em Francisco. Engaveta lá, engaveta aqui" – declaração dada no dia 23 de abril, em resposta ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que disse não ter pressa em discutir o PL da terceirização na Casa.

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

“O mais importante disso tudo é a gente não se furtar de debater um tema, em que há demanda da sociedade clamando por isso. Aparentemente tem uma grande aceitação na maioria no Parlamento. Se vai ser aprovado ou não, isso só vocês (deputados) vão dizer. Mas o debate é muito importante” – declaração dada na abertura dos trabalhos da sessão que iria discutir a redução da maioridade penal na Câmara, no dia 8 de abril de 2015.

NOME NA LISTA DA LAVA JATO

“É uma piada essa peça do procurador e causa estranheza que não tenha me pedido explicações, como aliás sempre foi praxe da PGR (Procuradoria-Geral da República)” – mensagem postada no Twitter no dia 7 de março de 2015, após ser citado na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de políticos investigados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.



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