A oposição no Senado criticou nesta quinta-feira a libertação do ex-ativista italiano Cesare Battisti pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o senador e ex-procurador da República Pedro Taques (PDT-MT), o Brasil transformou-se em um "cafofo, esconderijo, mocó de criminosos". Ele comparou Battisti com Bin Laden, dizendo que se este estivesse vivo também seria abrigado no País.
"A decisão é lamentável do ponto de vista de um Estado que se diz democrático de direito", afirmou Taques, que ainda argumentou dizendo que "nós não vivemos isolados, não somos a Albânia, não somos a Coreia do Norte".
"Qual a razão de segurarmos este delinquente? É uma afinidade ideológica do governo brasileiro com o delinquente preso? Nem na época da ditadura militar uma decisão do Supremo de extradição foi descumprida", disse o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que integra a base aliada do governo, disse que a libertação de Battisti pode ser prejudicial não apenas para a imagem exterior do Brasil, mas para a que os próprios brasileiros têm do País. "Para nós brasileiros fica muito triste saber que aqui acaba sendo um refúgio de criminosos ou de bandidos".
Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), defendeu a decisão do STF e do ex-presidente Lula. Segundo ele, não cabe aos senadores questionar as ações dos outros Poderes. "Este é um problema que a Justiça resolveu e não cabe a nós julgar", disse.
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