Ciro Nogueira minimiza a venda ilegal das joias oficias: 'perda de tempo'

Em entrevista, o bolsonarista expressou que não considera justificável gastar tanto tempo com uma 'coisa tão pequena'

Senador Ciro Nogueira e ex-presidente Jair Bolsonaro | Agência O Globo
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O senador Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressista (PP), classificou o caso envolvendo as joias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma questão insignificante e uma perda de tempo. Durante uma entrevista à rádio CBN na manhã desta quinta-feira (17), Nogueira, que já foi um apoiador fervoroso do ex-presidente durante seu mandato, expressou que não “não é justa essa perda de tempo com uma coisa tão pequena”.

As declarações de Nogueira surgiram em resposta ao contínuo alarde na mídia sobre o caso, levando-o a questionar o porquê de tamanho destaque e enfatizando que a atenção concentrada em Bolsonaro se tornou quase obsessiva: “Só se fala em Bolsonaro nesse país […] é uma repercussão psicótica”.

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Na mais recente reviravolta do caso, a Polícia Federal (PF) está investigando o anúncio de um leilão de um conjunto de joia recebidas por Bolsonaro. A venda dos itens foi promovida em um site nos Estados Unidos em janeiro deste ano. Esses artigos teriam sido presentes de uma viagem oficial à Arábia Saudita em 2021 e incluem um relógio, uma caneta, um anel, abotoaduras e um rosário árabe da luxuosa marca Chopard.

Funcionários envolvidos

De acordo com informações de um relatório da PF, a venda desses itens teria sido planejada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, juntamente com seu assessor Osmar Crivelatti. Buscas foram realizadas em endereços relacionados a militares ligados ao ex-presidente.

O relatório também revelou que Frederick Wassef teria recomprado o relógio por um valor superior ao da venda nos Estados Unidos, visando entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, mensagens de Cid indicam que ele teria combinado com seu pai, o general Lourena Cid, a entrega de US$ 25.000 em dinheiro a Bolsonaro para evitar "movimentações" na conta do ex-presidente.

8 de janeiro

Paralelamente, está em andamento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Na semana passada, a relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD-MA), mencionou a possibilidade de investigar se o dinheiro proveniente da venda das joias teria sido utilizado para financiar o vandalismo. No entanto, o presidente da comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), descartou essa hipótese.

"Imaginar que um homem que é capaz de, em uma semana, arrecadar R$17 milhões com Pix de R$2, R$3 vai vender joia para financiar atos golpistas. Ninguém na CPI imagina isso", afirmou o presidente do PP.

Posicionamento político

Em relação ao seu partido, Nogueira afirmou que o Republicanos permanecerá na oposição ao governo, mesmo que um de seus membros assuma um ministério. Ele destacou que André Fufuca (PP-MA), deputado e líder do PP na Câmara, é cotado para assumir um cargo no governo Lula. No entanto, Nogueira indicou que Fufuca seria afastado das decisões partidárias caso isso ocorresse, e expressou seu desejo de que o partido não obtivesse um cargo ministerial.

As mudanças nos cargos ministeriais têm como objetivo acomodar o bloco partidário conhecido como centrão no governo, buscando apoio de congressistas dessas legendas. No entanto, o bolsonarista argumentou que não é necessário que Lula distribua cargos para ampliar a base e garantir a aprovação de suas propostas governistas.

"Nós tivemos um apoio muito ostensivo e com muito orgulho à candidatura do presidente Jair Bolsonaro, e o partido, enquanto eu for presidente, permanecerá na trincheira da oposição”, disse.

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