Na noite de terça-feira (26), Budapeste foi palco de protestos intensos, com milhares de húngaros exigindo a renúncia do primeiro-ministro Viktor Orbán, abalado por escândalos de corrupção e acusações de interferência no Judiciário. Os manifestantes clamavam por mudanças enquanto marchavam pela cidade, alguns portando tochas e entoando palavras de ordem como "renuncie, renuncie".
Os protestos foram desencadeados após a divulgação de áudios por um ex-aliado de Orbán, revelando conversas entre os conselheiros mais próximos do líder húngaro, sugerindo manipulações em acusações judiciais e no Ministério Público. As gravações levantaram suspeitas de tentativas de interferência do governo na Justiça, gerando indignação na população.
Orbán, conhecido por seu controle rígido sobre o poder e sua postura autoritária, tem sido uma figura de inspiração para os bolsonaristas no Brasil. Sua conexão com o ex-presidente Jair Bolsonaro se fortaleceu quando deu abrigo a Bolsonaro em sua embaixada em Brasília. No entanto, a crise política em Budapeste pode representar um revés para Orbán e para seus aliados.
A crise política atual se intensifica com a renúncia de importantes aliados do primeiro-ministro, como a presidente Katalin Novak e a ex-ministra da Justiça, Judit Varga, após um escândalo de abuso sexual infantil que envolveu o perdão a um homem ligado a esse caso. O clima de tensão e insatisfação nas ruas sinaliza um desafio significativo para Orbán e seu partido no cenário político húngaro.
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