Estratégia eleitoral? PL prepara Michelle para ser ‘plano B’ de Bolsonaro em 2026

A ex-primeira-dama vem sendo estrategicamente posicionada para suceder o legado da extrema-direita de seu marido

Arma eleitoral | REUTERS/Carla Carniel
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Nos últimos seis meses, a campanha de filiação on-line do Partido Liberal (PL) resultou na adesão de 29.514 mulheres, marcando um incremento que, embora significativo, corresponde a apenas cerca de 8% do total feminino no partido, agora estimado em 371,8 mil. Essa expansão tem sido atribuída a Michelle Bolsonaro, que desde sua nomeação como presidente do PL Mulher, tem mobilizado esforços que, para alguns, parecem refletir mais uma estratégia de manutenção do poder familiar do que um verdadeiro avanço na representatividade feminina.

PLANO B DO PL: Michelle vem sendo posicionada como um "plano B" dentro do PL, uma herdeira do capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível. A sua circulação por 20 capitais, com planos de visitar outras sete, é vista por críticos como uma maneira de perpetuar a influência política do marido, sob a bandeira da representação feminina, o que levanta questionamentos sobre a autenticidade e as intenções subjacentes a esses movimentos.

A ex-primeira-dama está programada para começar a gravar vídeos de apoio a candidatos a prefeito, alinhando-se com figuras como Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito de São Paulo, que busca reeleição com o apoio dos Bolsonaro. Essa estratégia, enquanto intensifica a presença do PL nas eleições municipais, também é criticada por parecer uma tentativa de manobrar o apoio político e capitalizar sobre o legado controverso de Bolsonaro, em vez de promover uma agenda progressista e inclusiva.

REAÇÃO DO PLANALTO: A entrada de Michelle na arena política e sua aproximação com o eleitorado evangélico acendeu um sinal de alerta no Palácio do Planalto, especialmente em um período de queda na popularidade de Lula. Sua capacidade de atrair a atenção desse segmento, tradicionalmente alinhado ao Bolsonarismo, é vista com preocupação por aqueles que temem a instrumentalização da fé na política. A estratégia de Lula de buscar aproximação com os evangélicos pode ser interpretada como uma resposta direta à ameaça representada pela mobilização de Michelle.

Apesar da indefinição sobre sua candidatura em 2026, Michelle Bolsonaro claramente abraçou o palanque político. Suas atividades no PL Mulher e declarações públicas, incluindo críticas diretas ao governo Lula, são percebidas por alguns como um sinal de que a política brasileira pode estar se encaminhando para mais um ciclo de polarização e divisão, alimentado por táticas que enfatizam a confrontação em vez do diálogo e da construção de consensos.

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