Ex-senador Luiz Estevão se entrega à polícia e faz exame no IML

Ele cumprirá pena por condenação, de 2006, imposta pela Justiça.

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Mesmo já tendo passado pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Brasília, o ex-senador Luiz Estevão aguardava por volta das 10h30 desta terça-feira (8) a homologação do mandado de prisão para ser encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda. Apesar de expedido na noite anterior, o documento só foi encaminhado à corporação e registrado no banco do Conselho Nacional de Justiça depois das 9h. O papel é indispensável para o cumprimento dos trâmites.

Estevão cumprirá pena pela condenação, de 2006, imposta pela Justiça de São Paulo a 31 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa, estelionato, peculato, formação de quadrilha e uso de documento falso nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Dois dos crimes, quadrilha e uso de documento falso, podem estar prescritos e a pena final deve ser de 26 anos.

Chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil, o delegado Paulo Henrique Almeida disseque Luiz Estevão chegou ao Departamento de Polícia Especializada às 6h, na companhia de três agentes. O político havia dito à reportagem que foi ao local junto com o advogado e que só se apresentou depois das 7h30. Ele disse "achar muito mais prático" buscar a unidade policial do que esperar que o buscassem em casa.

"Ele ligou para pedir para buscá-lo às 5h. Três policiais foram buscá-lo", disse. "O delegado [Antônio Dimitrov] foi também, em um carro da polícia."

O exame de corpo de delito aconteceu por volta das 9h, e o celular foi entregue ao advogado. Luiz Estevão afirmou que passou a última noite em casa, na companhia da mulher e dos filhos. "Estou tranquilo", disse.

O ex-senador afirmou que já andava com um pacote de roupas no carro para o caso de ser preso sem que tivesse tempo de passar em casa. "Todo dia, desde que o Supremo [Tribunal Federal] pediu minha prisão, eu já saia com uma mala no carro, com as minhas roupas, para caso eu fosse preso de dia", afirmou o empresário e ex-politico.

Questionado nesta segunda à noite sobre a determinação da Justiça de que seja preso imediatamente, Estevão declarou que ele e a família já esperavam o início do cumprimento da pena em regime fechado. "Um dia ela viria. Podia ser hoje, daqui um mês ou amanhã."

Perguntado se se arrependia dos desvios de verbas durante a construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, ele disse que espera um dia contar sua versão do caso. "A história do TRT é muito mal contada. Espero ter tempo e saúde para um dia esclarecer". Ele não quis dar detalhes sobre o assunto.

A Primeira Vara da Justiça Federal em São Paulo determinou a expedição de mandado de prisão para o ex-senador Luiz Estevão. A ordem de prisão foi encaminhada para a Polícia Federal, que repassará para a PF em Brasília cumprir o mandato.



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