Freire Gomes entrega à PF duas minutas que comprovam a tentativa de golpe

A descoberta da minuta do golpe no gabinete do ex-presidente fortalece as evidências apresentadas pelos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica

Paulo Sérgio Nogueira, Jair Bolsonaro e Marco Antonio Freire Gomes | Eraldo Peres/AP
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O depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes à Polícia Federal (PF) se destaca como "consistente" e "revelador", visto que expõe detalhes impressionantes sobre a tentativa de golpe no Brasil. Segundo apurações, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, apresentaram ao general duas versões da minuta do golpe, insistindo na implementação imediata. O brigadeiro Carlos de Almeida Batista Jr. corroborou essa linha de testemunho. Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid devem ser indiciados em breve, relacionados ao caso das vacinas.

A colega Bela Megale também confirmou em sua publicação ontem os relatos dos comandantes, implicando diretamente Bolsonaro na tentativa de golpe. A descoberta da minuta do golpe no gabinete do ex-presidente fortalece as evidências apresentadas pelos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica.

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Os depoimentos do general e do brigadeiro preencheram "lacunas" na investigação, fornecendo detalhes sobre a reunião em que o golpe foi discutido, seus participantes e seus discursos. As informações obtidas reforçam a consistência dos relatos, evidenciando um "firme propósito" de Bolsonaro em implementar o que estava na minuta, conforme testemunhado pelo general Estevam Theophilo.

As investigações, incluindo a fase atual de busca e apreensão, análise de celulares e a delação de Mauro Cid, estão convergindo para confirmar as revelações dos generais. O processo dinâmico está sujeito a novos questionamentos ao ajudante de ordens Mauro Cid, mas a delação permanece sólida. A análise final pelo juiz ocorrerá após esta fase.

General Freire Gomes com figura central

O general Freire Gomes surge como figura central, levando a uma investigação sobre suas razões para não denunciar antecipadamente a conspiração. Questões sobre os acampamentos diante dos quartéis e a explicação dos militares sobre a não interferência são parte da investigação em curso. A versão militar destaca um parecer jurídico, mas a análise do contexto, incluindo os motivos da não denúncia, permanece aberta.

Fontes militares afirmam que o dilema de denunciar ou não poderia ser interpretado como interferência no processo eleitoral. No entanto, o general Freire Gomes é elogiado por preservar a disciplina nas organizações militares, recusando-se a apoiar o golpe. Essa estratégia para neutralizar Bolsonaro e o ex-ministro é considerada relevante juridicamente, mostrando a recusa firme do Exército e da Aeronáutica em concordar com a ação tresloucada dos envolvidos.

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