Governo destitui servidor do MEC por esquema de propina com pastores evangélicos

O escândalo veio à tona em 2022, por meio de reportagens na imprensa, resultando na exoneração do então ministro Milton Ribeiro.

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Luciano de Freitas Musse do cargo de gerente de projetos do MEC | Divulgação/MEC
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A Controladoria-Geral da União (CGU) destituiu Luciano de Freitas Musse do cargo de gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC) após a conclusão de um processo administrativo disciplinar. O referido processo constatou que Musse agiu em colaboração com os pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia para facilitar a liberação de recursos do MEC para prefeituras em troca de propina.

O escândalo veio à tona em 2022, por meio de reportagens na imprensa, resultando na exoneração do então ministro Milton Ribeiro, que liderou o MEC durante parte do governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o processo disciplinar da CGU, Musse recebeu R$ 20 mil por indicação de um dos pastores. Além de ser destituído do cargo de confiança, Musse está proibido de ser indicado, nomeado ou assumir cargos efetivos ou de confiança no Poder Executivo federal por oito anos.

Durante uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado, prefeitos de três municípios confirmaram terem sido abordados por pastores que solicitaram o pagamento de propina em troca da liberação de verbas do MEC.

As denúncias apontam que, mesmo sem ocuparem cargos formais, os pastores tinham acesso livre ao MEC e intermediavam solicitações de prefeituras junto ao então ministro Milton Ribeiro. Este deixou o cargo após a divulgação de áudios nos quais afirmava dar "prioridade" ao repasse de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDC) aos "prefeitos que são amigos do pastor Gilmar Santos", alegando que isso atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Em sua defesa, o ministro negou qualquer prática de atos ilícitos.

Com informações da Agência Brasil



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